Para diminuir as despesas com aluguel, o Executivo pretende adquirir o prédio da Caixa Econômica Federal, entre a rua Júlio de Castilhos e Cel. Flores. A instituição financeira projeta transferir as atividades para um local maior.
O governo acredita que até o fim do ano a Caixa encaminhe a iniciativa com o empreendedor e faça a transferência em até 24 meses. Depois dessa etapa, a administração compria o imóvel.
O objetivo é transferir as secretarias que hoje funcionam em espaços alugados. Hoje o município gasta cerca de R$ 30 mil por mês em aluguéis. São vários espaços, como o Posto de Saúde Central, o almoxarifado, cozinha, central de atendimento e fiscalização, Cras, secretarias do Meio Ambiente e Esportes e Lazer, entre outros.
O assunto foi discutido na última sessão da câmara de vereadores. O oposicionista Volnei Zancanaro (PR) foi contrário à compra. Segundo ele, o prédio oferece condições precárias de uso. “Caso ocorra a aquisição, teríamos altos custos com reformas e adequações”, disse na tribuna.
O parlamentar sugere que o município invista na construção de um prédio próprio, dentro das necessidades e normas legais, em um dos terrenos que fazem parte do patrimônio municipal. Além disso, criticou a iniciativa do governo de vender quatro imóveis públicos. A proposta tramitou no Legislativo há duas semanas e foi alvo de ampla discussão no plenário.
O socialista Darlã Bellini disse que o município tem 250 imóveis na relação de patrimônio e a legislação permite a alienação de parte das áreas.
Para os vereadores de oposição, o governo não deve se desfazer do patrimônio e precisa encontrar outras formas para viabilizar investimentos nas pastas.
“Prédio está em pleno uso”
Na avaliação do Executivo, o prédio está em pleno uso e a instituição busca outro espaço em função que o atual não atende mais a sua demanda.
Transferência Posto Central
As adequações feitas no prédio ocupado pela Secretaria de Saúde, no bairro Oriental, entregue em 2011, no Governo Celso Brönstrup, vão possibilitar a transferência das atividades do Posto de Saúde Central.
Hoje o posto encontra-se em imóvel locado e custa R$ 42 mil ao ano aos cofres públicos. O valor voltará ser investido nos serviços de saúde.
A obra tinha graves problemas estruturais, como ausência de rampa de acessibilidade (PNE), cabeamento (internet, rede lógica), no piso superior. Em 2016, uma nova obra na parte térrea otimizou e transformou a sede administrativa da Secretaria de Saúde. Nos últimos meses, a pasta desenvolve as atividades na parte térrea e a intenção é concluir as melhorias no piso superior para abrigar os trabalhos do Posto de Saúde Central.
Prédio da Polar requer investimentos
O prédio da Polar foi adquirido no governo de Celso Brönstrup. Hoje o município aponta que grande parte do prédio ainda não está ocupada e, para isso, seria necessário grande aporte financeiro, devido à precariedade.
As partes utilizadas exigem manutenção contínua. Neste ano, foram gastos mais de R$ 20 mil em pequenas reformas como remoção e substituição de telhados, troca de aberturas e reparos nas redes hidráulica e elétrica.
Cássia Paula Colla: cassia@jornalahora.inf.br
