As condições das estradas do interior são alvo de reclamações. Conforme os moradores de Linha Clara, na estrada geral, os buracos foram tapados. Mas o material utilizado resolveu o problema apenas em parte.
Como não foi compactado, o medo dos usuários da via é de que as chuvas prometidas para este fim de semana danifiquem ainda mais os reparos.
Para o produtor rural Acido Ahlert, 54, os desníveis são perigosos a pedestres e motoristas. Muitas vezes, os carros invadem a pista contrária para desviar dos buracos. “Aqui passa muito caminhão para escoar a produção local e aumentou ainda mais os buracos.”
As ondulações formadas nas laterais da pista requerem ainda mais atenção.
Sobre as melhorias na estrada para Linha Clara, o morador afirma que a operação tapa-buraco não resolveu o problema. “Cobriram os buracos da estrada com brita e piche, mas não compactaram. É material perdido, está esfarelando.”
Outro morador afirma que precisará lavar o carro para remover respingos de piche que grudaram na lataria. “Eles deixam para nós compactar com nossos carros.”
Dos quase 400 quilômetros de estradas que compõem a malha viária da cidade, mais da metade, ou 263 quilômetros, são de ruas não pavimentadas. Mesmo assim, a cidade conta com 87,6 quilômetros de estradas asfaltadas no interior, interligando comunidades mais afastadas. O número supera a contagem de ruas asfaltadas na zona urbana, que tem cerca de 15,9 quilômetros de asfalto.
Conclusão em duas semanas
De acordo com o secretário de Obras, Marcelo José Walter, os serviços de melhorias nos três quilômetros das estradas de Linha Clara devem ser concluídos em duas semanas. Afirma que no acesso até a comunidade, na parte asfaltada, o Daer realizou alguns reparos, com ajuda do município.
Até agora, a estrada geral da comunidade recebeu limpeza nas laterais. “Era uma rua que era sempre patrolada, mas poucas vezes era feito algo como agora, respeitando os seis metros de largura.”
Outros serviços atenderam a demanda dos bueiros entupidos, um problema que danificava ainda mais a estrada, quando a água da chuva abria vincos na pista. As valas laterais foram abertas e a tubulação pluvial, considerada estreita, foi trocada e está mais larga.
Segundo o secretário, a pasta conta com quatro servidores para atuar na rua. Afirma que o grupo segue um cronograma iniciado em Linha Clara, que se estenderá para outras localidades. A prioridade são as situações mais críticas. “Fizemos primeiro os piores lugares e os mais movimentados.” Os próximos serviços serão feitos entre as localidades de Linha Geraldo e Linha Winck.
Walter atuou como concursado na secretaria durante 22 anos. Era operador de máquinas e está pela primeira vez à frente na pasta. O conhecimento acerca do interior foi determinante para assumir a coordenação. “Ajudei na orientação de outros secretários. Conheço este interior e sei quais as situações mais complicadas.”
Anderson Lopes: anderson@jornalahora.inf.br