Momento exige uma nova postura sobre o consumo

Lajeado - CONSTRUMÓBIL

Momento exige uma nova postura sobre o consumo

Experiência da incorporadora wikihaus propõe modelo de colaborativo

Momento exige uma nova postura sobre o consumo
Lajeado

A inteligência coletiva para a criação de empreendimentos imobiliários foi tema de palestra técnica da 8ª edição da Construmóbil. A abordagem foi uma das principais atrações da programação de ontem e ficou por conta de Eduardo Pricladnitzki, com a apresentação do case da incorporadora Wikihaus.

O projeto nasceu em 2013 e une expertises de profissionais de diversas áreas para criar espaços que atendam as necessidades de consumidores preocupados com relações mais sustentáveis de consumo. O relato da experiência ocorreu no fim da tarde de ontem no Espaço Café, no Parque do Imigrante.

Logo após, Sinduscom VT e Fórum das Entidades de Lajeado trouxeram a engenheira civil Giovana Ulian e o arquiteto Miguel Angel Pino para falar sobre a inovação no desenvolvimento territorial do município.

Oportunidade de lazer e negócios

Os visitantes também puderam conferir os projetos e inovações apresentadas pelos expositores. Na avaliação do presidente da feira, Marcos Mallmann, a Construmóbil é o evento ideal para investidores conferir as novidades do mercado imobiliário.  “Temos estandes a nível de grandes feiras do país.”

Atrações de hoje

Pela manhã, a Rodada de Negócios, promovida pelo Sebrae, ocorre no Salão de Eventos da Acil. A partir das 16h, em parceria com a Sema, ocorre o painel Resíduos sólidos da construção civil: diagnóstico. O tema é abordado no Espaço Café. O valor da entrada é de R$ 8.

Cidades em Pauta

Às 19h30min, prefeito, secretários, empresários, ambientalistas, engenheiros e arquitetos debatem o Plano Diretor de Lajeado. A discussão é promovida pela Seavat, Univates e A Hora.

A proposta é abordar os principais gargalos e desafios relacionados ao Plano Diretor dentro de três eixos. Entre eles, “Como assegurar qualidade de vida às pessoas”. Uma análise da mobilidade urbana, saneamento básico, espaços públicos, arborização, índice de área verde nas construções e guetos populacionais.

A segunda área debate “Garantias necessárias para o investidor ter segurança jurídica” e observa os critérios de zoneamento e ocupação, risco de ingerência legislativa, monitoramento e responsabilização.

O terceiro eixo faz uma reflexão sobre “Os rumos da cidade-polo e como essa conversa com seu entorno?”. O objetivo é despertar para visões regionais.

Entrevista

“Colaboração pode transformar todos os tipos de negócios”

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O uso da inteligência coletiva para promover a economia colaborativa é uma das propostas da Wikihaus.  Eduardo Pricladnitzki, um dos três sócios da incorporadora de Porto Alegre, desenvolve diversos projetos voltados à otimização dos recursos e defende que o modelo pode ser adotado em todos os tipos de negócio.

A Hora – Como surgiu a iniciativa de criar a Wikihaus?

Eduardo Pricladnitzki – Atuamos por anos no mercado imobiliário. Dentre os vários momentos que este segmento passou, começamos a perceber que o mercado caminhava para um lado, mas olhava pouco para o cliente. Se ofertava muito e, ao mesmo tempo, se ouvia muito pouco. Quando tive a oportunidade de montar uma empresa do zero, procuramos construir algo que fizesse sentido para nós. A partir disso, reaproximamos os incorporadores aos consumidores. Também trouxemos o consumidor para conceber nosso próprio modelo de negócios. Assim nasceu a Wikihaus.

Como o projeto ganhou espaço?

Pricladnitzki – Um projeto emblemático que colocou a empresa na vitrina foi quando aplicamos esse conceito no Cine Teatro Presidente, em Porto Alegre, um dos cinemas mais tradicionais da capital. Aos poucos trouxemos os conceitos de economia colaborativa para a empresa, aos produtos e estamos consolidando esse modelo de negócios mais colaborativo.

De que forma acontece o processo colaborativo dos parceiros?

Pricladnitzki – A colaboração se constitui na busca pela melhor forma de conceber o produto para levar ao cliente. Então conversamos com pessoas que já têm um produto similar para apontar quais são as dificuldades e como podemos solucionar as dificuldades para que outros consumidores possam usufruir de uma melhor experiência.

Nesse modelo, quais os apontamentos e as exigências do público em relação aos produtos?

Pricladnitzki –  Depende do tipo de produto e do perfil de consumidor. No caso dos espaços compactos, está ligado a uma tendência mundial para morar nas áreas centrais. Um espaço cada vez mais caro.  No Cine Teatro Presidente, fizemos esse trabalho com público da geração Y. Conseguimos perceber que esse público não abre mão de morar na centralidade e não quer perder tempo com deslocamento.  Preferem morar em um apartamento menor e menos tempo para chegar ao trabalho. É uma pessoa que prefere ter acesso às coisas do que ter a posse. Hoje, essa geração quer estar no apartamento e ter acesso a tudo e com praticidade. O empreendimento oferece, por exemplo, um espaço com ferramentas, eletrodomésticos e áreas de lazer compartilhadas.

Como funciona esse conceito?

Pricladnitzki – No nosso conceito, tiramos de dentro do apartamento tudo que não for estritamente necessário no cotidiano da pessoa e levamos para um ambiente compartilhado para que os moradores possam viver em um formato de comunidade para que naquele apartamento sobre mais espaço e qualidade de vida.

Cássia Paula Colla: cassia@jornalahora.inf.br

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