Depois de quase dois meses, as obras na ponte sobre o Arroio Saraquá, na ERS-413, chegaram ontem a uma das principais etapas: a instalação de vigas que darão a sustentação à nova parte da passagem. Para isso, desde a manhã, o local foi isolado, e obrigou motoristas, pedestres e ciclistas a procurar rotas alternativas, mudando de rotina. Todas elas são vias municipais, sem calçamento, e servirão de trajeto pelo menos nos próximos 40 dias, até que o serviço seja concluído no local.
Para quem segue no sentido São Bento Moinhos D’ Água há duas opções que dão acesso direto à ERS-130, as ruas Aloysio Lenz e Jacob Augusto Purper. Além da rua João Benno Malmann, com prosseguimento pela rua 1º de Maio, que faz a ligação entre as partes da ERS-413, antes e depois da ponte. Essa última também é opção para quem transita no sentido contrário da via.
Segundo o coordenador do Setor de Projetos Especiais, Isidoro Fornari, placas indicativas foram colocadas em cada um dos pontos, a fim de orientar os motoristas. “Não há como deixar fiscais ali. As pessoas precisarão se orientar sozinhas.”
Passo a passo
As estruturas pré-moldadas chegaram na terça-feira a Lajeado, e agora começarão a ser colocadas sobre os pilares, concluídos há cerca de duas semanas. Assim que o trabalho for finalizado, inicia a instalação da chapa, por onde passarão os veículos.
Além disso, durante estes 40 dias, será feito o desmonte do guarda-corpo da parte antiga, para que seja possível unir os dois lados. Um tempo para a cura dessa junção também será necessário. Depois da abertura da passagem, ainda será necessário o aterramento das cabeceiras e alargamento da estrada. Trabalho que deve durar cerca de dois meses, e permitirá a entrega da ponte, aguardada faz anos pela população do local.
Obra histórica
As obras na ponte são reivindicadas desde 2002, quando a ERS-413 foi asfaltada. Foi alvo da mobilização tanto de Lajeado quanto de Santa Clara do Sul, tendo em vista que é um dos principais acessos aos bairros São Bento e Moinhos D’Água, além de ser a principal entrada para quem vai à Cidade das Flores.
Em 2010, foi feita a primeira licitação para projeto de alargamento da ponte. Um valor de R$ 542,9 mil chegou a ser confirmado, mas a obra não foi autorizada por problemas no projeto. Entre 2013 e 2016, novos imbróglios impediram o andamento. Até que em 2017, a construção foi autorizada e está saindo do papel.
Ampliação
A nova pista da ponte terá 30 metros de extensão e 5,10 de largura, e suportará até 45 toneladas. O investimento será de cerca de R$ 1 milhão, proveniente de recursos da Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide).
Carolina Chaves da Silva: carolina@jornalahora.inf.br
