“Alguma coisa me faltava”

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“Alguma coisa me faltava”

Solange Blandt, 80, foi presidente do grupo Maturidade Ativa, o primeiro do RS a ser promovido pelo Sesc. Neste mês, ela completa 14 anos como integrante, sendo uma das mais experientes entre os atuais 125 participantes que buscam mais qualidade…

“Alguma coisa me faltava”

Solange Blandt, 80, foi presidente do grupo Maturidade Ativa, o primeiro do RS a ser promovido pelo Sesc. Neste mês, ela completa 14 anos como integrante, sendo uma das mais experientes entre os atuais 125 participantes que buscam mais qualidade de vida para encarar o envelhecimento.
• Como foi seu ingresso no grupo?
Solange Blandt – Eu recebi um convite para participar do grupo de teatro e naquele dia que fui lá, para o ensaio do teatro, eu vi que estava tendo uma reunião, justamente para lançar o primeiro clube da Maturidade aqui em Lajeado. Então, eu assisti à reunião, já que tinha que esperar até a hora do ensaio, e achei interessante o assunto. Quando eu trabalhava, estava sempre em movimento. Então, estava começando a sentir que alguma coisa me faltava. Logo que começaram a explicar como era o programa, que eu iria conhecer novas pessoas, me entusiasmei na hora.
• A senhora ainda faz teatro?
Solange – Faço. Inclusive, teremos uma peça no Sesc, em outubro, chamada A Casa das 4 Mulheres. São duas filhas solteiras que são revoltadas e querem conhecer alguém para casar; não querem mais trabalhar, querem ser madames de luxo. E eu sou a mãe – a parte braba sempre é comigo (risos).
• Como é a rotina dentro do grupo?
Solange – Todas as terças-feiras, das 14h às 16h. E cada vez é uma atividade. A gente se reúne no começo ou no fim do mês e faz o roteiro, junto com a Débora (coordenadora), de dois meses. Numa terça tem passeio, na outra tem cinema – na Semana Farroupilha teve mateada; depende o mês. De três em três meses, a gente tem a comemoração dos aniversários. Este ano também terá o 5º Encontro Regional da Terceira Idade na Univates.
• E como está sendo essa experiência?
Solange – Eu acho que o clube da Maturidade Ativa faz com que as pessoas se relacionem com outras. Tu pensa em si muitas vezes, mas nessa altura tu pensa nos outros e vê que os outros precisam de ti. É tão saudável quando a gente chega e se cumprimenta, se abraça, troca palavras de carinho. Cada pessoa tem o seu pensamento, mas quando a gente se reúne parece que todo mundo pensa igual: pela alegria, pelo querer participar.
• Qual a sua principal lembrança destes 14 anos?
Solange – Houve tantas coisas boas nestes 14 anos. Minha maior emoção foi receber o troféu dos dez anos, em Torres, na convenção anual, quando fomos jubilados. Mas tu sabe que cada participação é uma alegria? Como diz o Roberto Carlos: “São tantas emoções”.

Gesiele Lordes: gesiele@jornalahora.inf.br

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