“Vamos acabar 2017 melhor do que 2016”, sustenta economista

Vale do Taquari - CENÁRIO ECONÔMICO

“Vamos acabar 2017 melhor do que 2016”, sustenta economista

Chefe de economia do Sicredi participa do fórum de amanhã, no Teatro Univates

“Vamos acabar 2017 melhor do que 2016”, sustenta economista
Vale do Taquari

O Teatro Univates recebe amanhã um dos maiores eventos de qualificação empresarial da região. Realizado pelo A Hora e Sincovat, o Fórum Estadual de Gestão e Empreendedorismo reunirá cinco palestrantes renomados para abordar temas relevantes para o desenvolvimento dos negócios.

Economista-chefe do Banco Cooperativo Sicredi, Alexandre Barbosa, falará sobre o contexto econômico e as consequências para o empreendedorismo. Segundo ele, o Brasil inicia um ciclo de recuperação após forte crise.

Porém, ressalta a necessidade de adotar medidas capazes de assegurar sustentabilidade desse crescimento incipiente. Para o palestrante, é preciso alterar questões estruturais para melhorar o ambiente de negócios.

Governador do Estado, José Ivo Sartori fará a palestra de abertura do evento, abordando as perspectivas econômicas para o futuro do RS. Completam o fórum a jornalista Suzane Veloso, o publicitário Fábio Bernardi e o CEO do Walmart Paulo Sérgio Silva.

Realizado em parceria do CRIE/Univates e apoio do Grupo Independente, Sebrae, Governo de Lajeado e CIC Vale do Taquari, o fórum integra as programações da Construmóbil e da Semana Acadêmica da Univates.

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Impulso para o desenvolvimento

O presidente-executivo da Dália Alimentos, Carlos Alberto de Figueiredo Freitas, destaca a organização do evento, com temas e palestrantes de reconhecida qualidade e que atendem aos interesses do setor empresarial.

Para ele, o Vale do Taquari mantém o empreendedorismo e a capacidade de gestão como características, assegurando destaque entre as mais desenvolvidas do estado. “Não por acaso, nossas potencialidades são reconhecidas, como o agronegócio e o setor de serviços crescente.”

De acordo com Freitas, a diversificação regional também contribui para o avanço da região, uma vez que as potencialidades não ficam restritas a um determinado segmento.

Entrevista

“ A minha dúvida é se conseguiremos sustentar um novo ritmo de crescimento”

A Hora – Como você avalia a atual conjuntura econômica e quais as perspectivas para o futuro?

Alexandre Barbosa – O Brasil passou por excessos entre 2012, 2013 e 2014 que acabaram culminando em dois anos muito ruins na economia. Os sinais são de que batemos o fundo do poço e entramos em uma trajetória de recuperação. É uma questão cíclica, que ocorre de forma periódica, mas que dessa vez foi mais grave. Vamos acabar o ano de 2017 melhor do que começamos. Isso é positivo, pois não ocorria desde 2013, 2014. Para frente, mesmo com todas as instabilidades, sejam política, econômicas ou institucionais, vamos passar por um período de recuperação. A minha dúvida é se conseguiremos sustentar um novo ritmo de crescimento. Isso depende muito do que está e do que será feito nos próximos anos.

O que este momento do ciclo econômico representa para o empreendedor?

Barbosa – Os números já estão melhorando. Para o ano que vem, tudo indica que serão melhores ainda. Para o empreendedorismo, sempre que entramos em um ciclo de crescimento, melhora a situação. O grande ponto é saber o quanto essa recuperação dará segurança para o empreendedor investir daqui a dois anos, no período pós-eleitoral. A partir de então, não iremos discutir qual será o presidente, se uma nova denúncia derruba ou não o chefe do Executivo. Poderemos nos voltar para aspectos relevantes para a economia. Ainda para este ano esperamos taxas de desempregos menores, juros e inflação em baixa, fatores que contribuem para o consumo das famílias.

Quais são as mudanças necessárias para assegurar sustentabilidade a esse crescimento?

Barbosa – Aprovar reformas importantes como a da Previdência e a tributária e ajustar o país estruturalmente. Isso é fundamental. O Brasil ainda é um país que, se compararmos com outros, temos muito a melhorar nos ranking internacionais. Seja em termos de ambiente de negócios, na educação, percepção de corrupção e competitividade, estamos longe do que deveria para um país do porte do Brasil. São aspectos estruturais que precisam ser trabalhados para um crescimento mais robusto. O Brasil é o 123º país entre 190 no ranking de ambiente de negócios. Um desses subindicadores é a velocidade para abrir uma empresa. O Brasil é extremamente lento e burocrático, isso precisa mudar. A educação tem que melhorar muito. Ainda temos muito para fazer no longo prazo.

Thiago Maurique: thiagomaurique@jornalahora.inf.br

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