Partida termina com possível caso de racismo

Caso de polícia

Partida termina com possível caso de racismo

Atleta de 17 anos do Guarani Mirim foi chamado de “macaco” por torcedora da Assespe

Partida termina com possível caso de racismo

Um possível caso de racismo foi registrado nesse domingo, durante a partida entre Guarani Mirim, de Lajeado, e Assespe, de Venâncio Aires, pela categoria aspirante do Regional Aslivata. Um atleta do Guarani, de 17 anos, morador de Lajeado, teria sido chamado de “macaco” pela mãe de um dos jogadores do time adversário.

Ela foi identificada no registro feito pelo pai da vítima, Edimilson Rosa Gomes, o “Tuto”, na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) de Lajeado. Ele alega que há testemunhas do fato e deseja representar criminalmente contra a mulher pela injúria qualificada.

Em contato com o A Hora, Tuto conta que pretende seguir com o processo-crime. “Não quero punir a Assespe, mas isso não pode acontecer mais. Como ocorreu com o meu filho, pode ocorrer com qualquer um, já fui ofendido e sei como é ruim.”

Conforme Tuto, ao fim da partida, um jogador da Assespe, que também é negro, foi ao vestiário pedir desculpas a todos os atletas. “Chorando, ele nos disse que estava atuando no clube errado”, conta.

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No próximo domingo, o Guarani Mirim volta a enfrentar a Assespe, desta vez em Venâncio Aires, mas Tuto não teme represálias. “Vamos para lá jogar futebol, estamos promovendo algumas ações com camisas dizendo não ao racismo.”

Segundo ele, a confusão ocorreu perto do fim da partida e até o momento o jogo transcorria normalmente. O filho foi caminhando em direção do banco de reservas e foi chamado de macaco. Naquele momento, todos os jogadores que estavam no reservado foram tirar satisfação com a mulher que alegou não ter falado isso.

Direção da Assespe não aprova atitude da torcedora

O diretor de esportes da Assespe, Carlos Hinterholz, não aprova a atitude da torcedora e se diz disposto a colaborar no que for preciso. “Estamos apurando ainda os fatos, mas somos contra isso, até porque temos atletas negros no nosso elenco.”

Sobre a partida da volta, Hinterholz explica que serão feitas algumas reuniões com os atletas para orientá-los como se portar. “Muitos não têm consciência do que pode acontecer, então, vamos trabalhar para que tudo ocorra normalmente e seja um belo jogo.”

Segundo caso no torneio

Em uma partida da primeira fase, realizada no dia 20 de agosto entre 7 de Setembro e Rudibar, o atleta do Rudibar, Jeferson Quaresma Correia, o “Jefu”, foi direto para a DPPA de Lajeado, onde registrou ocorrência por injúria qualificada consumada – racismo. Na ocorrência, ele relata que durante a partida passou a ser ofendido por alguns torcedores da equipe de Capitão. Segundo ele, seriam três ou quatro homens que gesticulavam e gritavam chamando-lhe de macaco. O jogador relatou também que a arbitragem chegou a paralisar a partida, e pedir respeito aos torcedores, antes de prosseguir o jogo.

O que diz a Aslivata

Contatado pelo A Hora, o presidente da Aslivata, Volnei Kochhann, diz desconhecer o assunto e que só se manifestará após receber as súmulas da partida.

Pinheiros e Estudiantes avançam no veterano

Pinheiros e Estudiantes se classificaram às quartas de final após vencer Águia Azul e União. A duas rodadas do fim da primeira fase, cinco times brigam pelas duas últimas vagas. Juventude (9 pontos), XV de Novembro (5), Arroio do Ouro e Arroio Alegrense (4) e Rudibar (3).

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