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Editorial

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O setor da construção civil é um dos mais representativos na região. A importância econômica da atividade está em evidência com a Construmóbil. A maior feira do segmento começa hoje em Lajeado, com mais de 200 expositores. Além da oportunidade…

O setor da construção civil é um dos mais representativos na região. A importância econômica da atividade está em evidência com a Construmóbil. A maior feira do segmento começa hoje em Lajeado, com mais de 200 expositores.
Além da oportunidade de marcar território e mostrar a marca aos clientes, as empresas também terão momentos de reflexão. A temática deste ano, voltada à economia colaborativa, é um convite para repensar os modelos de negócios.
O conceito é tornar os empreendimentos como engrenagens de fortalecimento do mercado. Com vistas no futuro, se estabelece um modelo aliando os aspectos financeiros com a sustentabilidade do negócio.
No cerne desse sistema, estão projetos nascidos das variações do chamado consumo colaborativo. Trata-se de uma quebra de paradigma do mundo capitalista. Ao invés de adquirir determinado bem, serviço ou produto, se estabelecem relações de compartilhamento.
Essa é uma tendência que ganha força pelo mundo, pois o modelo propagado décadas atrás aproxima a humanidade ao esgotamento dos recursos. Esse conceito aparece no projeto Bicivates, da Univates, no qual alunos, professores e funcionários compartilham bicicletas.
Outro exemplo é o Arte na Praça, criado em 2014. O espaço é livre para exposição e comercialização de produtos artesanais, antiguidades e brechós, sem a necessidade de inscrição ou burocracia.
Essa nova forma de ver a sociedade representa o entendimento de que, diante do momento de instabilidade financeira, dos problemas sociais e ambientais, é preciso substituir o acúmulo pela divisão.
Mudar esse comportamento é um desafio. A organização da Construmóbil inclusive reconhece isso. No entanto, ficar inerte frente a uma dificuldade significa aceitar o que está posto, sabendo para onde esse caminho leva. O crescimento populacional, aliado ao uso dos recursos naturais, evoca essa necessidade de racionalização dos bens.

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