Produtos tradicionais em bailes de Kerb, os dois foram incluídos em uma receita de cuca do produtor Paulo Alex Faleiro, de Bom Retiro do Sul. A unidade custa R$ 10. “Sempre tem a festa da cuca ou da linguiça em algum município. Decidi reunir os dois em um prato só e é o maior sucesso”, conta Faleiro, que já planeja a combinação de outros ingredientes para os próximos meses.
Em 2012, a família desistiu do cultivo de tabaco para se dedicar ao plantio de hortaliças que se transformariam, por meio do processo de agroindustrialização, em conservas. Ao mesmo tempo, outra agroindústria – essa de massas e panificados – seria constituída. As vendas são feitas nas feiras locais e por meio do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae). “Em cinco safras, apenas em uma temos renda garantida. Duas dão lucro à empresa e nas outras temos prejuízo pelo clima”, calcula Paulo.
Para aproximar os clientes dos produtos, Faleiro abriu uma casa colonial no centro. Além de frutas e verduras, comercializa cucas, bolos, biscoitos, pães, queijos, salames, sucos de uva, melado, geleias, compotas, mel e também artesanato produzido por outras famílias da região.
A mudança manteve um dos filhos, Willian, na propriedade. “Se continuasse no tabaco, ele nunca teria ficado”, aponta. O casal Bolivar e Vera Felix Nora, de São Leopoldo, aprovou a cuca colonial. “Nos lembra a infância, da vovó no forno à lenha. São produtos de extrema qualidade e muito saudáveis, sem conservantes”, comenta Vera.