Uma comissão formada por representantes da administração municipal, Alsepro, Univates e Codevat se reuniu ontem com integrantes do Instituto Geral de Perícias em Porto Alegre. A pauta principal do encontro foi a instalação de um posto avançado do serviço em Lajeado.
O assunto é tratado faz anos, mas a troca de diretoria, há algumas semanas, impossibilitou a continuidade das negociações. “Fomos bem recebidos pelos novos representantes. Queríamos deixar claro que tudo será feito para a instalação do serviço. E saímos satisfeitos”, afirma Cintia Agostini, presidente do Codevat.
Nos próximos dias, os integrantes do IGP encaminharão ao grupo as necessidades para instalação do posto. Em conjunto, ainda devem informar o que é preciso para a criação de um Centro de Referência no Atendimento Infanto-Juvenil (Crai) na cidade.
Voltado ao acolhimento e perícia de crianças e adolescentes, vítimas de violência sexual, o Crai poderá ser instalado de imediato na cidade. Ao contrário do posto, que deve demorar mais tempo. “Vamos analisar o que eles encaminharem, e depois formular uma proposta mais consolidada para os dois serviços”, afirma Cintia. O objetivo é formar uma parceria entre Univates e governo municipal para agilizar o processo.
Hoje existe apenas uma unidade do Crai na capital, o que garante pioneirismo a Lajeado no interior, caso o projeto seja concretizado. Segundo Ítalo Reali, assessor do prefeito, há dois locais para instalação do serviço, que deverá ser integrado à Sala Lilás. Um espaço na Polícia Civil, e outro na Univates, foram ofertados pelo grupo de modo informal. Para o posto do IGP, ainda não há lugar oficial.
Contratação de profissionais
Um dos entraves para instalação do posto é a falta de profissionais. Hoje, o IGP tem apenas 35% do efetivo necessário. Problema que afeta, inclusive o Instituto Médico Legal (IML) de Lajeado, sem médicos extras para cobrir férias, folgas ou afastamentos. Nesse caso, os corpos são encaminhados a Porto Alegre, de onde também precisam ser encaminhados, sempre, peritos para análise de mortas violentas.
A realização de um concurso surge como alívio para esse dilema. Já em andamento, deve fornecer novos profissionais até o fim do primeiro semestre de 2018. Entre janeiro e fevereiro, os contratados iniciarão o curso de formação. No total, 106 pessoas serão convocadas, sendo 36 peritos médico legistas, 36 peritos criminais e 35 técnicos em perícias.
Carolina Chaves da Silva: carolina@jornalahora.inf.br