“Se Somos Feitos de Partes…”: um olhar feminino sobre o mundo

Lajeado

“Se Somos Feitos de Partes…”: um olhar feminino sobre o mundo

Jeferson Queiroz trabalhou oito anos na produção do primeiro romance. Sessão de autógrafos ocorre no dia 28, na Feira do Livra de Canela.

“Se Somos Feitos de Partes…”: um olhar feminino sobre o mundo
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O arquiteto Jeferson Queiroz, 49, se lança como autor com o romance “Se Somos Feitos de Partes…”. Ele trabalhou durante oito anos na produção do livro, antes de optar pela publicação independente. O lançamento oficial ocorre neste domingo, em evento reservado a convidados. Além disso, no dia 28, ele participa de sessão de autógrafos na Feira do Livro de Canela.

A história mistura a vida de seis personagens principais. Segundo Queiroz, a obra aborda os conflitos da natureza humana, lançando um olhar feminino sobre o mundo e com muitas referências à arte. “Acho que o olhar feminino é mais amplo do que o masculino. Nem melhor, nem pior, mas mais amplo”. Em uma narrativa não linear, os personagens vivem em lugares de SP, Europa e Vale do Taquari.

De acordo com o autor, não há uma única protagonista, e duas delas têm a personalidade marcante. Cris teve uma tentativa frustrada de ser artista e alimenta um olhar mais “puro e natural sobre o mundo, mas sem ser ingênua”. Júlia é uma artista plástica com uma postura oposta. “Ela tem um olhar agudo sobre o mundo; e sobre o ser humano, um olhar desconfiado. Ela vive uma vida esquiva da sociedade.”

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Lançar um romance é desejo que acompanha Queiroz desde a adolescência, e ele sempre escreveu minicontos e poesias. O pontapé inicial foi dado em 2009, enquanto ele passava as férias na praia. Após lesionar um dos joelhos, encontrou na escrita uma forma de passar as duas semanas seguintes. “Naqueles 15 dias escrevi praticamente todo o livro”.

Mesmo bem adiantado, o rascunho ficou engavetado por cerca de três anos, quando Queiroz retomou o projeto e enviou a primeira versão para o escritor Moacyr Scliar. Por orientação de Scliar, ele participou de uma oficina de literatura e contratou o escritor Ricardo Silvestrin para lhe orientar. “Depois que o Ricardo me enviou, em 2015, eu engavetei novamente, porque eu queria desenvolver maturidade e entender melhor os personagens”.

Antes da publicação, o arquiteto ainda reescreveu toda a obra. “Fui montando melhor os personagens e surgiram outros, a dinâmica melhorou. Eu sabia que seria o primeiro, então queria que estivesse bem construído”. A “orelha” do livro foi escrita pelo poeta e músico gaúcho Luís Nenung.

Queiroz também já se prepara para lançar um livro infantojuvenil em novembro, também de forma independente.

Gesiele Lordes: gesiele@jornalahora.inf.br

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