O suspeito de estuprar uma idosa de 73 anos em Vila Felipe, interior de Paverama, foi preso preventivamente. O indivíduo foi conduzido ao Presídio Estadual de Lajeado na quarta-feira à tarde.
O criminoso tem 21 anos, residia na mesma localidade e tinha histórico de furtos e roubos na região. Depois das investigações, o comissário de Polícia Civil de Paverama, Erivelton Almeida, conseguiu localizar o suspeito.
“Encontrei a esposa dele e pedi que ela fizesse contato. Ele veio até meu encontro e disse que naquela noite estava muito embriagado e não lembrava de nada.” Segundo ele, no depoimento, a vítima contou que o jovem havia invadido a casa e cometido o crime.
O caso aconteceu na madrugada de sábado. Um dia antes, ele havia sido contratado para fazer um trabalho na propriedade. Durante a ação, o jovem arrombou a janela do quarto, colocou uma lanterna no rosto dela e disse para que ficasse quieta e deitada. Logo depois, feriu a aposentada com golpes de martelo na face e no corpo, rasgou as roupas e cometeu o estupro.
Ele levou R$ 70, uma motosserra, um botijão de gás, revirou toda a residência e fugiu do local. Depois disso, a idosa ficou escondida e procurou ajuda na casa de um vizinho. Ela foi levada ao Hospital Ouro Branco de Teutônia em estado de choque. Passou por exames de corpo de delito e, segundo informações da instituição, foi liberada em seguida.
De acordo com o comissário Almeida, a idosa está em casa. Ela é viúva e não tem parentes na localidade. Os filhos moram em Curitiba (PR).
Crimes preocupam
Moradores relatam preocupação com outros crimes que têm acontecido na área. O tema foi retratado pelo A Hora na edição de terça-feira. Roubos, assaltos e casos de abigeato se tornaram frequentes.
Em Linha Santana, a produtora rural Diana Fischer, 50, conhecia a vítima e contou que era uma senhora tranquila, mas isolada. Crimes aconteceram na casa da produtora. Quando era recém-casada, bandidos arrombaram a residência duas vezes. Há duas semanas, ovelhas e bezerros do vizinho foram roubados.
Insegurança continua
Na região, há muito movimento e a Brigada Militar costuma fazer ronda. “Por vezes, a viatura do POE passa devagar por aqui.” Mesmo assim, não acha que isso possa evitar o pior.
“Aqui tem casas em que só moram viúvas e que seguiram vivendo sozinhas.” A moradora perdeu o marido em um acidente e desde então toca os negócios rurais com a filha e teme pela insegurança que ronda a localidade.
Cássia Colla de Paula: cassia@jornalahora.inf.br
