Projeto educa crianças para o trânsito

Teutônia

Projeto educa crianças para o trânsito

Bombeiros Voluntários, BM e PRE apostam nas crianças para formar condutores mais conscientes

Projeto educa crianças para o trânsito
Teutônia

A aproximação de alunos de 4 anos com as regras de trânsito é o principal objetivo do Projeto Bombeiro Mirim. O primeiro contato com a equipe dos Bombeiros Voluntários, Brigada Mirim e Polícia Rodoviária Estadual chega de forma lúdica.

Alunos de escolas infantis são expostos a estímulos para respeitar as regras de trânsito. A intenção é reduzir os índices de acidentes nas vias urbanas e rodovias estaduais. Neste ano, de acordo com dados da Polícia Rodoviária Estadual de Teutônia, só nas RS-128 e RST 453, foram registrados 29 acidentes. As lesões corporais somaram 15 registros.

Conforme o presidente dos Bombeiros Voluntários, Markyson Marques, é preciso repensar as formas de dirigir e isso é possível com influência das crianças. O resultado das interações da corporação com as crianças chega por meio dos pais.

Marques afirma que é preciso mostrar o que acontece quando se não cumprem as leis. Depois disso, as crianças se tornam vigilantes dos adultos, até para pequenos deslizes e infrações leves. “É uma linguagem infantil para falar sobre os riscos por meio de simulações. Esperamos motoristas mais conscientes no futuro.”

Neste ano, a equipe iniciou as oficinas na Escola Estrelinha, Girassol, Azaleia e Pró Infância, de Paverama. “A gente percebe que apesar de terem 4 anos, conhecem noções básicas do número de telefone dos bombeiros e medidas de segurança, como saber ligar para o pai e a mãe.”

As interações escolares iniciaram em 2015. Neste ano, além das séries iniciais, a novidade é a formação de jovens de 15 a 17 anos. As atividades fazem com que tenham de manter um quartel em funcionamento. Para os encontros aos sábados, as inscrições dos aspirantes já excederam o número de vagas.

Para o sub-comandante Mateus Schmidt, é preciso incentivar a aproximação com todos os públicos, mas as crianças são importantes nesse contexto. Os pais mandam cartas à corporação agradecendo pelo trabalho de conscientização.

De acordo com Schmitd, o projeto é visto a longo prazo, mas, respostas estão sendo imediatas. “Isso ficou muito comum quando vão passear, cobram se o pai fechou o carro, colocou o cinto ou passou no sinal vermelho. Isso se vê também em casa, quando fiscalizam se foi desligada a tomada e coisas afins.”

Para ele, é preciso ter noções de primeiros socorros, como ligar para os bombeiros, para ajudar em determinadas situações. Conta que há dois meses uma criança ligou para avisar sobre a presença de um animal diferente no quintal. “Achamos que fosse trote, mas ao conferir tinha uma raposa, que foi realocada para o habitat natural.”

Educação compartilhada

A comerciante Acemir Durayski, 39, dirige faz 17 anos. A única vez que se envolveu em acidente foi quando estava em uma moto. Mas não era a culpada. Ela e a filha que hoje tem 19 anos sempre foram atentas às regras básicas. “Mesmo se temos de ir uma quadra, colocamos o cinto.”

Conta que preferiu uma educação rigorosa e para isso precisou ser o exemplo. “Ela também me ajudava, quando esquecia de algo. Me cobrava também.”

Atividades em sala de aula

Na Escola de Educação Infantil Estrelinha, de Canabarro, alunos e familiares construíram juntos ambulância e carros do bombeiros de material reciclável. No dia da mobilização, bombeiros simularam atendimentos de primeiros socorros.

As aulas continuam abordando primeiros socorros, leis de trânsito e órgãos de segurança. Agentes da Polícia Rodoviária Estadual de Teutônia e instrutores do Centro de Formação de Condutores também participam das atividades.

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