Greve termina e mobilização continua no Vale

Lajeado

Greve termina e mobilização continua no Vale

As aulas reiniciam nas escolas estaduais na segunda-feira. Na região, três colégios paralisaram as atividades esta semana

Greve termina e mobilização continua no Vale
Lajeado

Por decisão da assembleia geral do Sindicato dos Professores do Rio Grande do Sul (Cpers) realizada ontem em Porto Alegre, a greve dos professores foi suspensa nessa sexta-feira. No dia 25, o conselho geral realiza uma avaliação. Também há um indicativo para ocorrer outra assembleia geral, caso o salário seja parcelado novamente no dia 1º de setembro.

Dessa forma, as aulas voltam a ocorrer normalmente na região em todas as escolas estaduais a partir de segunda-feira, 7. Os dois principais motivos da greve e das paralisações são o parcelamento de salários e a falta de aumento desde 2014. É possível que mobilizações ainda sejam realizadas em alguns dias letivos este ano.

Na manhã de ontem, em frente à escola Érico Veríssimo, um grupo de 30 professores promoveu um ato de mobilização. Também participaram docentes do Castelo Branco, Santo Antônio e do João de Deus, de Cruzeiro do Sul. A intenção foi mostrar que as escolas estão unidas.

Por volta das 10h, um grupo de estudantes formado por cerca de 30 alunos se juntou aos professores. Os estudantes carregavam cartazes com frases apoiando a luta dos professores por melhores condições e valorização do trabalho.

Ao chegarem, os professores aplaudiram os alunos e receberam flores. “Foi bem emocionante. Os alunos estavam cativados. Somente eu e outra professora sabíamos, pois alguns deles nos procuraram para saber se poderiam nos apoiar”, conta a professora da Érico Veríssimo, Magda Jandrey Pereira.

Os estudantes ainda leram três cartas escritas por eles aos docentes, também em apoio. “Nós, professores, ficamos felizes e surpresos. Isso é um incentivo para seguirmos na luta”, diz outra professora da escola, Camila dos Santos.

À tarde, outro ato foi realizado em frente ao colégio Castelo Branco. Alguns professores que participaram de manhã e outros se juntaram à mobilização. Além das quatro escolas, a Vidal de Negreiros, de Estrela, Anita Garibaldi, de Cruzeiro do Sul, Hugo Sphor, de Canudos do Vale e Fett Filho de Lajeado também paralisaram as atividades ontem.

Conforme a professora do Castelo Branco, Maria Cecília Flintsch Mello, “existe um descontentamento muito grande. Além da falta de aumento e da previsão de termos o salário congelado até 2018, recebemos de primeira parcela do salário apenas R$ 650”, lamenta. Segundo ela, muitos professores não conseguem pagar as contas.

“Não é de agora nossa reivindicação. O nosso 13º salário do ano passado estamos ainda recebendo, ele está sendo pago em 12 parcelas. Queremos o mínimo de valorização”, desabafa Maria Cecília.

Representação

Integrantes do Cpers da região participaram de ato em frente à Secretaria Estadual e Educação e na assembleia dessa sexta. Conforme o presidente do 8º núcleo, Oseias de Freitas, os representantes da região levaram a proposta pelo encerramento da greve. “Nossa proposta foi pelo fim da greve e a continuação do estado de greve. Em momentos oportunos, faremos novas paralisações.”

Gisele Feraboli: gisele@jornalahora.inf.br

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