Paga-se milhões de dólares para quem tiver a receita mágica do sucesso. Na verdade, nunca existiu magia e nem milagre.
No passado, o trabalho, o esforço e a seriedade eram grandes impulsionadores de pessoas e empresas de sucesso. Com essas qualidades, dificilmente algo dava errado.
Hoje, na era tecnológica galopante, essas qualidades são insuficientes. Precisam ser acrescidos ingredientes essenciais como a qualificação permanente e o envolvimento social.
As últimas palestras do jovem mais conhecido do Planeta, Mark Zuckerberg, não são mais sobre tecnologia. Ele fala de responsabilidade social e renda universal. Curioso! Nem tanto.
Muito mais do que preocupado com a imagem de suas empresas, está de olho no escasso poder aquisitivo de que deve padecer uma parcela enorme do Planeta, a continuar o avanço frenético da robótica sobre os seres humanos. Especialistas estimam que 40% dos empregos desaparecerão e serão ocupados por robôs, logo adiante.
Quando lemos e acompanhamos previsões desalentadoras como essas, é inevitável surgirem dúvidas, medos e preocupações.
Não sou profeta e muito menos tenho a pretensão de ensinar alguém sobre o que fazer. Apenas expresso uma opinião com base naquilo que leio ou tento interpretar com resiliência.
Em meio a tantas transformações, alguns valores começam a realçar, permitindo uma espécie de luz no fim do túnel. O envolvimento das marcas com seu público consumidor e a sociedade que as cercam dará o tom. E a geração millenium dá sinais dessa revolução. Cada vez mais querem saber como o dono da marca trata seu funcionários, qual seu trabalho social, o que faz pelo desenvolvimento de sua comunidade e assim segue
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O controle pelos algorítimos será uma arma de poucos, dos grandes grupos dominadores do mercado. Aos pequenos negócios restará adotar estratégias associativistas, parcerias ou relações de envolvimento para sobreviver. Quem não entender isso padecerá.
O Fórum Estadual de Gestão e Empreendedorismo lançado nessa quinta-feira, em parceria com diferentes setores da sociedade, corrobora para essa visão. E o conteúdo das palestras trará a Lajeado, no dia 27 de setembro, temas provocadores nessa linha.
Ninguém tem a receita mágica. Nem os palestrantes terão. Mas uma coisa é certa: precisamos compartilhar inovações, estar perto de quem entende e democratizar o acesso à percepção mais aguçada.
Por isso, convido a cada um dos empreendedores e profissionais envolvidos na gestão dos negócios a comparecerem aos eventos sobre gestão e empreendedorismo. Sejam de reuniões-almoço, workshops, palestras ou quaisquer momentos de reflexão. Inspirações ou insights surgem nas horas em que saímos do casulo e nos relacionamos com o desconhecido.
O fórum estadual será um bom momento para isso. Semana que vem a CDL realiza o evento dos jovens empresários. E assim, sistematicamente, temos oportunidades, muitas delas com acesso livre. Se quisermos vencer os desafios, precisamos melhorar nossa capacidade de compreensão e conhecimento para empreender.
Esse é o convite aos empreendedores para se preparar ao que vem aí.
Setembro recheado para aprender e fazer negócios
O próximo mês de setembro marca uma farta grade de atrações em Lajeado. A Construmóbil 2017 começa no dia 26. Vários eventos técnicos convergem e posicionam Lajeado no centro dos negócios. No dia 27, o Fórum Estadual de Gestão e Empreendedorismo traz palestrantes de renome nacional, no Teatro da Univates. À noite, no pavilhão 1 da Construmóbil, ocorre palestra sobre economia colaborativa. No dia seguinte, o Plano Diretor de Lajeado será tema de debate, assim como um painel sobre destino dos resíduos da construção civil. No dia 29, a arquitetura ganha espaço com o designer global Marcelo Rosembaum.
“A crise nos ensinou grandes lições”
A Languiru apresentou seus resultados para os associados, em evento no dia 21. Ajustes internos, diminuição de despesas com pessoal e melhoria nos processos dão alento para o competitivo mercado. O presidente Dirceu Bayer disse que “a crise nos ensinou grandes lições”. O momento econômico exige cautela em relação a novos investimentos, mas a Languiru cresce com solidez, na opinião de Bayer, fala corroborada pelo vice, Renato Kreimeier.
“Estamos convictos de que um país, estado e região dependem mais das ações de seus cidadãos do que de seu governo. Por isso ousamos fazer a nossa parte”.
Rui Mallmann – presidente do Sincovat, durante lançamento do Fórum Estadual de Gestão e Empreendedorismo, em parceria com o jornal A Hora, Univates e demais entidades. O preço dos ingressos será de R$ 150 para o público em geral, R$ 100 para associados do Sincovat e R$ 75 para estudantes, até o dia 25 de agosto.
Preconceito religioso
Ninguém é melhor do quem ninguém. A frase é velha e cabe bem ao episódio polêmico que aconteceu em Poço das Antas, abordado pelo A Hora, na quinta-feira.
Os casos de preconceito religioso ainda perduram apesar das campanhas educativas. Negar o sepultamento de alguém era comum antigamente. Hoje, quase inacreditável.
O argumento de a pessoa ser luterana e não sócia da igreja católica se esgotou no momento em que a filha propôs pagar os serviços fúnebres também do pai. O padre, teoricamente, uma pessoa esclarecida, decidiu pela discriminação e autorizou o sepultamento apenas da mãe.
A comunidade se divide nas opiniões, mas a filha que perdeu os pais – ele luterano e ela católica – em acidente nunca se conformou. Buscou indenização e venceu na Justiça um reparo material: uma indenização de R$ 15 mil a ser paga pela Mitra. “Eles se amavam e a religião os separou” lamentou a filha, em entrevista ao A Hora.