Uma chance surge dentro do presídio

Lajeado

Uma chance surge dentro do presídio

Salão de Beleza foi montado para ensinar uma profissão às presas. Inauguração ocorre hoje

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Lajeado

Planejado para auxiliar na ressocialização das detentas, será inaugurado hoje, às 17h, no Presídio Feminino, um salão de beleza. Com duas cadeiras para corte de cabelo, um lavatório, espelhos e mesas de apoio, o local servirá como sala de aula para cursos voltados ao ramo da beleza.

A idealização do espaço foi feita pelo presidente da Pastoral Carcerária da Diocese de Santa Cruz do Sul, Miguel Feldens, em conjunto com a diretoria do presídio. Antes mesmo da inauguração da casa prisional, no ano passado, uma sala já havia sido reservada para a estética.

Porém, na época, eles tinham apenas uma cadeira de cabeleireiro, que estava sem uso, e foi cedida pelo presídio de Santa Cruz do Sul. Ao passar do tempo, e empenho no projeto, uma senhora doou um lavatório, e outras pessoas da cidade começaram a se envolver. “A comunidade vê que vai reduzir a reincidência, e começa a acreditar. Hoje, 80% estão presas por tráfico, e precisam aprender outra profissão, para não voltar para o crime”, considera Feldens. Dinah, presidente do Sindicato dos Cabeleireiros, foi essencial para a concretização da ideia. Assim como o Conselho da Comunidade e Judiciário, que contribuíram com verbas.

Produtos e equipamentos já estão à disposição das 22 detentas. O objetivo é ajudar na ressocialização

Produtos e equipamentos já estão à disposição das 22 detentas. O objetivo é ajudar na ressocialização

Entre doações e voluntários, hoje o salão está completo. Inclusive com alguns produtos para cabelo, unhas e maquiagem. Os detalhes para cada curso serão definidos a partir de amanhã, de acordo com os horários disponíveis pelas detentas e voluntárias, que já se comprometeram a dar as aulas.

Um tripé

Hoje, além de terem funções específicas na manutenção do presídio, as presas frequentam o Neeja Liberdade, Ensino Fundamental e Médio. “Somente com esse tripé espiritualidade, educação e terapia ocupacional, conseguiremos recuperar o preso, torná-lo produtivo”, ressalta Feldens.

Hoje, segundo a diretora interina do presídio, Andressa Berenice Ehlert, são 22 presas. “Elas têm conhecimento do curso, e demonstraram interesse.”

Carolina Chaves: carolina@jornalahora.inf.br

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