Segunda morte por atropelamento alerta  sobre a imprudência

Teutônia

Segunda morte por atropelamento alerta sobre a imprudência

Diretoria de Trânsito estuda padronizar sentidos das ruas para reduzir acidentes

Segunda morte por atropelamento alerta  sobre a imprudência
Teutônia

Em pouco mais de um mês, foram pelo menos três atropelamentos, dois resultaram em morte. Na segunda-feira, uma carreta bitrem colidiu em dois carros estacionados, no bairro Canabarro.

O veículo desceu desgovernado em uma ladeira na esquina das ruas Arnaldo Krug e Reinaldo Afonso, atingindo Osmarina Costa de Quadros, 61, que chegou a ser socorrida, mas morreu.

Testemunha dos acidentes diários naquela esquina, a cabeleireira Etelvina da Costa afirma que o filho de 15 anos presenciou a cena, desde quando o motorista desceu do caminhão para ir à farmácia até o veículo descer e bater nos carros e na pedestre. “Toda a semana tem acidente nesta quadra. Mas não dá pra entender, pois de um lado tem sinaleira e no outro tem a placa pare.”

Conforme a professora Raquel Feyh, no local de parada obrigatória, muitos passam direto. “Embalam na lomba e não param. É uma loucura.”

O prospecto negativo fez com que o Departamento de Trânsito, depois de realizar o mapeamento dos pontos de maior risco de acidentes na cidade, iniciasse um segundo estudo. A intenção é padronizar o sentido das ruas, para evitar novas vítimas.

De acordo com o coordenador, Carlos Alberto da Silva, isso é uma ação para médio prazo. “Quem é motorista sabe a dificuldade de conduzir em uma rua que oscila. Se é preferencial, deve ser até o fim da rua.” Para o coordenador, a mudança em alguns sentidos deve ser o próximo passo para melhorar o fluxo.

Em busca de soluções

O coordenador reuniu uma série de levantamentos sobre acidentes, tanto na zona urbana quanto nas rodovias estaduais que circundam a cidade.

De acordo com o comando do Policiamento Rodoviário Estadual, desde 2010 até 2016, foram 11 mortes em acidentes. O principal motivo, segundo a polícia, é a imprudência e negligência, como excesso de velocidade, ultrapassagem indevida e embriaguez ao voltante.

Segundo o coordenador, há um volume excessivo de pedidos para construção de novos quebra-molas, o que gera um debate e maior estudo por parte do departamento. Conforme Silva, em 2016, cerca de 15 redutores desse tipo foram instalados. Neste ano, há ainda mais pedidos.

Até agora, o departamento encaminhou a construção de mais sete redutores. Dois no interior do município. “A cada nova sessão da câmara de vereadores, temos uma média de dois pedidos.”

Depois de realizar um levantamento para mapear os principais pontos de risco aos acidentes, os servidores fizeram novas sinalizações. Mas a maioria dos acidentes é por abalroamento. “A batida lateral é, na maioria das vezes, falta de atenção, pressa e imprudência mesmo.”

No bairro Languiru, as ruas Três de Outubro e Major Bandeira são as líderes em registros de colisões. Os horários coincidem. Acontecem próximo das 8h, 11h, 15h e 18h. “Muitos alegam colidir porque o outro condutor arrancou sem dar o sinal ou mesmo realizam conversão malsucedida.

Anderson Lopes: andersonlopes@jornalahora.inf.br

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