Governos gastam mais de R$ 160 mil mensais em aluguéis

Vale do Taquari

Governos gastam mais de R$ 160 mil mensais em aluguéis

Contratos em cinco cidades mantém repartições públicas municipais e até estadual

Governos gastam mais de R$ 160 mil mensais em aluguéis
Vale do Taquari

Creches, secretarias municipais, Emater, Corpo de Bombeiros, feiras, abrigos, universidade estadual, Samu, entre outros espaços localizados em Lajeado, Estrela, Teutônia, Encantado e Arroio do Meio custam mais de R$ 160 mil mensais aos cofres públicos.

Maior fatia é gasta pelos lajeadenses, com cerca de R$ 80 mil por mês. Prefeito, Marcelo Caumo, promete reutilizar prédios públicos para amenizar os gastos.

Lajeado tem mais de R$ 615 milhões em imóveis, áreas verdes, terrenos e benfeitorias. Entre esses está o prédio onde hoje funciona a sede da União das Associações de Moradores (Uambla), na esquina das ruas Bento Gonçalves com a Francisco Oscar Karnal, avaliado em R$ 565 mil e que deverá ser melhor usado em 2018.

“Prometemos para o ano que vem um projeto mais concreto para implementar esta demanda. Temos alguns imóveis bem interessantes. A ‘casa da Sthas’ (esquina da João Abott com Saldanha Marinho), a Uambla”, confirma Caumo.

De acordo com o prefeito, esses dois prédios estão subaproveitados. Além da Uambla, também funciona o Clube de Mães no imóvel da Bento Gonçalves.

Já na antiga sede da Sthas, na Saldanha Marinho, funciona a sede da Aslivata e outras entidades.

Hoje o governo gasta R$ 6,4 mil por mês com o “aluguel de espaço para abrigar as dependências da secretaria da Sthas, na Av. Benjamin Constant, número 28, Centro”.

Além deste contrato, há outro aluguel de espaço “para abrigar a secretaria da Sthas, situada na rua Alberto Torres, número 603, loja 3, Centro”. Este acordo, que será encerrado nos próximos dias, custa R$ 3,7 mil mensais.

Conforme Caumo, os projetos para reutilizar prédios públicos e diminuir os gastos com aluguel estão “na forma”. “Mas vamos deixar para o ano que vem. Utilizar imóveis do município como moeda de troca para que se construa um local para a Sesa e a Sthas, por exemplo. Hoje, não temos outras alternativas”, diz o prefeito. “Vamos precisar da câmara”, complementa.

Deveres do estado pagos pelo município

Só em Lajeado, os aluguéis custeiam diversas sedes de competência estadual, como a da Emater, R$ 2 mil mensais para duas salas comerciais, e do Corpo de Bombeiros, ao preço de R$ 5,5 mil por um pavilhão na entrada do Montanha.

O Executivo também paga R$ 3,8 mil pelo aluguel da sede do Samu, na Av. Sete de Setembro, no bairro Moinhos.

Mas a maioria dos gastos do Executivo estão nas áreas da saúde e assistência social. Caps, Conselho Tutelar, CRAS, Farmácia do Estado e SAE são exemplos.

A sede da Secretaria de Saúde (Sesa), onde também funciona o Conselho Municipal de Saúde, custa R$ 8,7 mil mensais – custava R$ 16,2 mil no ano passado, com mais salas.

Junta Militar, pavilhão de triagem de lixo, almoxarifado são outros gastos, assim como o imóvel da Sedetag, na Júlio de Castilhos, com aluguel de R$ 5,7 mil.

Outros municípios

Os gastos em outros polos do Vale do Taquari são menores em relação a Lajeado. Em Estrela, por exemplo, o Executivo gasta R$ 33,9 mil com aluguel de espaços em 14 imóveis. O mais caro desses, de R$ 5,4 mil, serve para locar parte do Hospital Estrela para os serviços do Centro de Atendimento Materno/Infantil. Segundo o secretário de Administração, Jonatan dos Santos, o governo já trabalha para minimizar os gastos.

“Exemplos são a Unidade Básica do Bairro Boa União, que recebeu um prédio amplo e moderno, deixando de funcionar em imóvel locado. Futuramente o Posto de Saúde Central, hoje em espaço alugado, será transferido para o prédio da Secretaria da Saúde, cuja área administrativa foi inaugurada recentemente”, revela.

Já a Secretaria de Esportes e Lazer deve ser transferida para o Parque Princesa do Vale.

Em Teutônia, o Executivo gasta R$ 21,4 mil. Já em Arroio do Meio, são R$ 13,2 mil mensais. Na cidade de Encantado, o governo municipal gasta R$ 10,5 mil para quatro prédios, entre esses a Secretaria de Obras e a Faterco/UERGS, cujo valor chega a R$ 1,9 mil mensais. “Buscamos recursos em Brasília para sedes próprias do CAPS e do CRAS. Já temos, inclusive, áreas”, adianta Luciano Moresco, secretário da Fazenda.

Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br

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