O governo municipal elabora o edital de licitação para implantar a coleta seletiva na cidade. Ainda não há data definida, mas a previsão é que em três semanas a concorrência pública seja aberta.
Serão feitas duas licitações, uma que contempla a coleta geral com o transporte do lixo orgânico, a qual deve ocorrer na próxima semana, e outra específica para coleta seletiva. O atual contrato vence em setembro.
Dentre os critérios previstos para a nova modalidade de coleta seletiva de lixo é a Central de Triagem dentro da cidade. Isso também será uma forma de gerar emprego e renda, alega o governo.
Conforme o secretário municipal da Fazenda, Luciano Moresco, uma equipe da administração participou de três reuniões com o Tribunal de Contas para buscar orientações de como fazer o processo. “É neste sentido que a Secretaria da Fazenda e o Departamento Jurídico estão trabalhando”, conta. O documento também é elaborado com ajuda de servidores da Secretaria Municipal da Saúde e Meio Ambiente.
O edital da coleta seletiva também prevê a podas de árvores. A intenção é que a empresa vencedora da licitação faça esse serviço. As sobras poderão ser reutilizadas como material orgânico.
Em relação aos depósitos irregulares é outro aspecto que será contemplado no processo licitatório, conforme o secretário. Para ele, a situação dos catadores e dos locais onde eles armazenam os materiais recolhidos é um problema que se tenta resolver há anos.
Moresco enfatiza ainda que a implantação da coleta seletiva, além do lixo ter destinação correta, também poderá abater do valor mensal de recolhimento dos resíduos produzidos no município.
Os entulhos, ou seja, resto de móveis e materiais de construção, por exemplo, será outro aspecto a ser debatido e reorganizado na cidade.
[bloco 1]
Quantidade
O município gasta em média R$ 150 mil por mês no recolhimento de lixo.
O gasto é de R$ 0,40 por quilo de lixo produzido. “Temos que fazer um melhor reaproveitamento do lixo, para que vá para o aterro a menor quantidade possível”, salienta Moresco.
A produção de lixo em Encantado varia de 350 a 400 toneladas por mês.
Hoje, o recolhimento do lixo é feito pela Conesul, empresa terceirizada. Ela realiza o trabalho há mais de 20 anos em Encantado.
Todos os resíduos produzidos são levados para o aterro sanitário de Minas do Leão.
Gisele Feraboli: gisele@jornalahora.inf.br