O trabalho em conjunto entre governo municipal e Brigada Militar (BM) intensifica a fiscalização digital da cidade. Nesta segunda-feira, sete policiais da reserva e também um agente de trânsito realizaram treinamentos para o manuseio das câmeras de videomonitoramento. Todos aprenderam detalhes sobre os equipamentos e também a respeito da central localizada na sede do 22º BPM.
Hoje, conforme o secretário municipal de Segurança Pública, Paulo Locatelli, são 18 câmeras instaladas em diversos pontos da cidade, além de sete aparelhos no entorno do Presídio Estadual de Lajeado (PEL). Com o advento de novos servidores, ele comemora a possibilidade de manter, a partir de agora, uma escala de pessoas observando as imagens.
“Todo o nosso esforço para garantir a instalação de novas câmeras só será eficaz se houver, durante 24h, todos os dias, uma pessoa fiscalizando as imagens”, reforça Locatelli. “O treinamento visa operacionalizar, padronizar e qualificar o trabalho operacional das câmeras de segurança”, complementa.
Ainda de acordo com ele, o governo municipal, conseguiu, junto à Receita Federal, novos monitores e computadores para reforçar a central de monitoramento.
Sete militares da reserva foram liberados para atuar na central
O secretário também reitera a necessidade de novos aparelhos e novas tecnologias. Segundo ele, a intenção é aumentar em mais de 400% o número de câmeras espalhadas pelo município. Para isso, ele já sugeriu a utilização dos dispositivos instalados nas praças e áreas de lazer, e que fazem parte do programa “Cidade Digital”.
“Também estamos em fase de testes para implantar tecnologias que permitem, entre outras funções, o reconhecimento facial de suspeitos e criminosos, bem como de todas as placas de veículos que entrarem na cidade. Tudo por meio de imagens”, diz.
Novas tecnologias
Em abril deste ano, o A Hora publicou sobre a intenção do governo municipal de “baratear” o contrato com a Superluc, responsável pelo programa Cidade Digital. Já naquele momento, foram transferidas câmeras das praças – eram 44 espalhadas pela cidade – para o entorno do presídio e da rodoviária, no bairro Florestal.
Já foram feitos os primeiros testes de um software de monitoramento capaz de identificar pessoas pela captação de imagens do rosto, mediante um banco de dados com fotografias feitas pela Brigada Militar (BM), Polícia Civil (PC) e Polícia Rodoviária Federal (PRF). Modelos semelhantes foram implantados no Estádio Beira-Rio, em Porto Alegre, e no Aeroporto do Panamá.
Rodrigo Martini: rodrigomartini@jornalahora.inf.br
