A recessão que empurrou 14 milhões de brasileiros para a fila do desemprego explicitou o perigo da falta de planejamento financeiro. Diante de um período de bonança, com pleno emprego e salários em elevação constante, o padrão de consumo nacional alcançou índices históricos.
A oferta de crédito fácil provocou uma corrida por bens de consumo duráveis como veículos, imóveis e equipamentos eletrônicos. Acostumadas a esse cenário positivo, as famílias demoraram a compreender a crise. Quando se deram conta, haviam acumulado dívidas com juros exorbitantes, que serão pagas aos bancos ao longo das próximas décadas.
Se a falta de compreensão sobre o contexto econômico fez com que 56% das famílias brasileiras acumulassem dívidas, nas empresas, o cenário se repetiu. Pesquisa do Serasa mostra que 5,1 milhões de empresas tiveram o CNPJ negativado devido à inadimplência de contas como luz, água, telefone e de pagamento aos fornecedores, em uma conta que não inclui débitos tributários.
A principal diferença entre uma família e uma empresa endividada é a quantidade de pessoas impactadas. A falta de responsabilidade financeira empresarial causa prejuízos a muitas famílias que dependem das atividades do setor privado para garantir a subsistência.
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Tema do workshop Negócios em Pauta de julho, a educação financeira se torna imprescindível em um cenário de busca pela recuperação da economia. Mestre em Economia pela Ufrgs, a professora e consultora em Gestão Financeira Cristiane Souza abordou o tema em evento realizado na Acisam, em Arroio do Meio.
Na sessão de economia criativa, a edição deste mês aponta as tendências para o comércio do futuro abordadas durante a 5ª Feira Brasileira de Varejo. O evento realizado em Porto Alegre reuniu mais de sete mil pessoas, 40 palestrantes e 60 expositores durante três dias.
Um dos destaques foi o empresário Claudir Dullius. O presidente das lojas Dullius participou de painel mediado pela jornalista da RBS, Giane Guerra, no qual contou a história da empresa e apontou as razões que levaram ao crescimento mesmo durante a recessão.
Crescer em meio à crise é a especialidade do CEO da Zenvia, Cassio Bobsin. Conforme ranking da Revista Exame, em 2015, a companhia apresentou o maior crescimento no estado e o sétimo maior no país entre as pequenas e médias corporações.
Nascida em 2003 em uma garagem do bairro Boa Vista, em Porto Alegre, a Zenvia expande negócios em uma velocidade impressionante de 90% ao ano oferecendo serviços de interação com o consumidor e SMS para operadoras de telefonia. De um espaço pequeno com apenas dois computadores, hoje alcança uma estrutura com cerca de 250 funcionários.
A aquisição de bens de forma responsável exige planejamento e disciplina financeira, mas também precauções. Acidentes, roubos, sinistros e outros contratempos inesperados podem terminar com investimentos que levaram anos para serem realizados.
Na sessão de economia doméstica, Airton Bernhard, proprietário de uma corretora com mais de 20 anos de atuação no mercado, fala sobre as diferentes modalidades de seguros e a melhor forma de contratar o serviço.
Boa leitura!
