Sicredi destina mais de R$ 300 mi à safra 2017

Vale do Taquari

Sicredi destina mais de R$ 300 mi à safra 2017

Valor é o montante das três regionais da cooperativa de crédito que atendem a região

Sicredi destina mais de R$ 300 mi à safra 2017
Vale do Taquari

Com o início do plantio, o Sicredi começa a receber as propostas de financiamento para o Plano Safra 2017/2018, dando início às liberações de recursos. A agricultura familiar é o segmento mais atendido. A média chega a cerca de 70% das operações realizadas direcionadas a este público em algumas agências da região.

No Sicredi Região dos Vales, com sede em Encantado, o agronegócio deve receber, nos 18 municípios atendidos, cerca de R$ 115,8 milhões em crédito rural. Do total previsto para o ano, a expectativa é de disponibilizar R$ 49,1 milhões para a finalidade de investimento e outros R$ 66,6 milhões para operações de custeio e comercialização.

Os valores que serão liberados devem atender mais de 3,2 mil associados, viabilizando culturas como as de milho, soja, erva-mate e uva e atividades como pecuária, aves e suinocultura. Isso representa um incremento de 10% em relação à safra passada (finalizada em junho de 2017). Deste total, 67% deverão ser novamente oriundos do Programa de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf).

Para esta safra, a Sicredi Ouro Branco, com sede em Teutônia, reservou mais de R$ 170 milhões para o fomento das operações de crédito rural. A projeção é atingir mais de 2.500 operações, entre custeio, comercialização e investimento. A unidade atende 17 municípios.

Deste montante a expectativa é disponibilizar aos associados da área de atuação dessa unidade R$ 130 milhões em operações de custeio, comercialização e investimento com recursos da Poupança Rural. Os outros R$ 40 milhões provem de recursos oriundos do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Na região do Sicredi Vale do Taquari, que atende 11 cidades e tem sede em Lajeado, na safra anterior (2016/2017), encerrada em 30 de junho, foram atendidos 1.052 associados em operações de custeios agrícola e pecuário. O montante liberado foi de R$ 19 milhões. Além disso, foram atendidos 249 associados que realizaram investimento nas suas estruturas e aquisição de equipamentos, num montante de R$ 15 milhões provenientes de recursos do BNDES.

Guido Liesenfeld, agricultor

Guido Liesenfeld, agricultor

Segundo Fabrício Diedrich, responsável pela carteira de crédito da Cooperativa, a nova safra, começou no dia 3 de julho e as agências estão preparadas para receber os novos pedidos de custeio e de investimento.  “A expectativa é que na Safra 2017/2018 seja superado o montante liberado na safra anterior devido ao momento favorável do agronegócio brasileiro onde há registro de safras recordes”, salienta.

O diretor executivo do Sicredi Região dos Vales, Roberto Scorsatto, enfatiza a importância da Instituição Financeira Cooperativa apoiar o setor agrícola, um dos principais pilares econômicos da região. “Incentivar o agronegócio e reinvestir os recursos captados localmente faz parte da nossa forma de atuação e contribuir com o desenvolvimento deste importante setor auxilia no incremento dos demais segmentos da economia regional”, afirma.

Agricultura e Agroindústria Familiar

No Brasil, cerca de 72% dos alimentos que chegam às mesas é produzido pela Agricultura Familiar, segundo dados da Organização das Nações Unidas (ONU). O segmento é um diferencial estratégico para o crescimento da competitividade do Brasil. Outro dado, conforme o BNDES, o Sicredi é a 3ª instituição financeira na liberação de crédito rural e a 1ª no segmento da agricultura e agroindústria familiar no Brasil.

Um exemplo de agricultura familiar é o caso da família Tremea, de linha Andrade Figueira, interior de Dois Lajeados. Com planejamento e investimento na produção leiteira e de grãos, eles possuem 78 hectares de terra, onde produzem milho, soja e também se dedicam ao leite. Fazem parte do rebanho, 110 animais, estando 47 em lactação.

Atualmente, a propriedade é conduzida pelos irmãos Diego, Tiago e a mulher Jaqueline Cattivelli, com a colaboração dos pais Edemar e Ana Maria. Eles possuem uma produção de 1,2 mil litros de leite por dia e 60 hectares de terra de plantio de milho e soja. “Hoje conseguimos ter uma grande economia na propriedade. Temos tudo o que os animais precisam para a alimentação, produzimos tudo aqui e por isso conseguimos também ter as novilhas para a criação”, conta Diego.

A família, que sempre utilizou a instituição financeira para investir, vê boas perspectivas para continuar apostando na agricultura. “Em longo prazo temos muitos planos, mas em curto prazo queremos investir num projeto de irrigação, na construção de um novo galpão para a silagem e na compra de maquinários”, revela Diego.

Gisele Feraboli: gisele@jornalahora.inf.br

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