Escrever poemas é o hobby de Vagner Borsatto, 29, natural de São José do Herval. Ele mora em Lajeado faz cerca de três meses e já vê na cidade inspiração para seus textos. Vem de uma família que nunca teve a escrita como costume e, por isso, é o pioneiro em brincar com letras e palavras.
O interesse pela escrita começou aos 13 anos, quando notou que suas produções eram mais elaboradas do que o comum para meninos da sua idade. Foi o suficiente para se apaixonar pela atividade e colocar a caneta para trabalhar com mais frequência.
Hoje a rotina atribulada não lhe permite escrever tanto quanto gostaria. Contudo, sempre que a inspiração vem, procura sacar o que há mais próximo – desde uma folha de papel até um guardanapo de boca – para eternizar seus sentimentos. Toda a produção parte do zero e tem como estopim livros, filmes e, principalmente, o que verse sobre o amor, ou a falta dele.
Trabalhando como garçom, ele identifica em seu ofício muitos comportamentos que viram poesia. Os hábitos de pessoas ao seu redor se transformam em textos e são colecionados em uma agenda, que tem pouco mais de 130 produções. O objeto é como um troféu de sua inspiração.
Para escrever, Borsatto não tem fórmula certa, tudo depende do humor e disponibilidade. “Posso escrever em poucos minutos ou levar horas, de acordo com a complexidade do que sinto e quero transmitir”, afirma. O que na infância e durante a adolescência eram declarações de amor para namoradinhas, hoje são textos que rimam com a vida adulta. “Meu sonho é conseguir publicar um livro e levar meus textos para o maior número possível de leitores”, revela.
