Mais de 800 funcionários da BRF disseram sim à proposta de acordo coletivo feita pela empresa. Outros 400 não aceitaram as condições, mesmo assim, precisaram retornar ao trabalho, ainda no fim da tarde.
A rua Carlos Sphor Filho, no bairro Moinhos, precisou ser interrompida por cerca de uma hora, entre às 16h e 17h, para a votação. Houve tensão entre os funcionários, que estavam divididos entre aceitar, ou não, a proposta. Por fim, os favoráveis entraram um a um no portão da empresa, e ganharam a votação.
A greve já durava uma semana e, segundo o Sindicato dos Trabalhadores a Alimentação (Stial), mobilizou cerca de 80% dos trabalhadores. Nesse período, outra proposição já havia sido apresentada e negada.
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A oferta feita ontem pela BRF, aceita pela maioria dos funcionários, manteve a extinção do prêmio assiduidade, de aproximadamente R$ 60. Mas, ao invés de um abono de R$ 400, ofereceu em troca um aumento de 2,36% sobre o salário, o que corresponde a R$ 32,54. Conforme os sindicalistas, o benefício está no fato de o valor incidir sobre as reposições anuais, bem como no FGTS, férias e 13º salário.
Também foi fixado um reajuste de 3,99%, retroativo a maio, e o pagamento de cartão-alimentação de R$ 150, mais quatro kits de produtos da BRF, de R$ 50, além de auxílio-escola de R$ 480. O adicional de insalubridade, antes motivo de polêmica, foi retirado da pauta e poderá ser debatido pela empresa em outro momento. O piso inicial ficará R$ 1.230 e o piso efetivação em R$ 1.250. O acordo já entra em vigor na próxima folha salarial.
