União para competir

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União para competir

As cooperativas gaúchas faturaram R$ 41,2 bilhões em 2016. São 2,8 milhões de sócios, distribuídos em 420 organizações. Ao todo, 74,5% da população gaúcha está envolvida no cooperativismo.

União para competir

O cooperativismo move o estado e desenvolve a economia gaúcha, cria oportunidades de emprego e de negócios, promove o desenvolvimento, incentiva o empreendedorismo e gera mais qualidade de vida para todos.

Conforme o presidente do Sistema Ocergs-Sescoop/RS, Vergilio Perius, no mundo inteiro, o cooperativismo demonstra resiliência a crises devido à confiança do setor. “As pessoas tendem a se unir para superar as adversidades, gerar renda e emprego”, observa. Segundo Perius, o trabalho das cooperativas representa 10,05% do PIB. Em 2016, registraram faturamento de R$ 41,2 bilhões, crescendo 14,22% com relação ao ano anterior. E, desse total, o ramo agropecuário representou R$ 25,4 bilhões, investindo mais de R$ 2,5 bilhões nos últimos quatro anos nas cadeias de soja, milho, leite, arroz e trigo.

São 2,8 milhões de sócios, distribuídos em 420 organizações. “Somos o segundo estado com o maior número de associados no país. Ao todo, 74,5% da população gaúcha está envolvida no cooperativismo. O desenvolvimento se reflete no aumento dos seus ingressos, que nos últimos cinco anos registrou uma expansão de 76%”, expõe.

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Na geração de tributos, em 2016, foi registrado crescimento de 16,67% em relação ao exercício anterior, totalizando R$ 2,1 bilhões. Já as sobras chegaram a R$ 1,5 bilhão, aumento de 12,91%.

Segundo o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas, o modelo vive um bom momento, fruto da confiança e da capacidade do sistema de ter resiliência nas crises. “A humanidade busca ferramentas de economia mais colaborativa, de participação mais intensa nas decisões e as cooperativas oferecem isso”, destaca.

Para Freitas, o grande diferencial do sistema está nas pessoas. “O capital humano, o investimento em gestão e união de todo quadro social, ajuda o sistema a identificar crises e oportunidades. Por isso tornam-se seguras para competir e crescer. Garantem a sustentabilidade dos negócios”, observa.

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Cooperar garante sucessão

Com propriedade em Estrela, o produtor de leite e suínos, Darci Decker, 69, trabalha motivado com a permanência do filho Marcelo e da nora Marciane na propriedade. A sucessão é atribuída ao modelo cooperativado, que integra faz mais de quatro décadas.

Decker cuida mais da reposição do plantel, ou seja, das terneiras e novilhas. Marcelo é responsável pela nutrição do gado leiteiro e pela engorda de 500 suínos da fase terminação. Marciane e a mulher Nilza ordenham as vacas, que produzem 1,3 mil litros de leite por dia. “Conseguimos progredir muito, principalmente nos últimos anos. Investimos em máquinas, implementos e instalações, especialmente no setor leiteiro. A automação facilita o trabalho”, conta.

O associado lembra de viagens técnicas que a cooperativa proporcionou e entende que o produtor deve ter vontade de trabalhar e gostar daquilo que faz. “A gente cresceu junto com a nossa cooperativa. Cada sócio precisa aceitar a assistência técnica oferecida. É um grande diferencial”, opina.

Ao ressaltar a facilidade de acesso à direção, diz. “Desde que integro o quadro social, não lembro da cooperativa ter ficado devendo um centavo para algum associado”, afirma, com autoridade de quem participa faz anos do processo de nucleação.

Conforme Decker, saber gerenciar a propriedade ajuda a elevar os ganhos. A família Lenz faz parte do segmento economicamente mais forte do cooperativismo gaúcho, o ramo agropecuário. As 126 cooperativas congregam 312,4 mil produtores associados e empregam 32,5 mil trabalhadores.

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