Na primeira semana de agosto, aterriza em Lajeado a ex-ministra de Gestão, no Governo de FHC, Cláudia Costin. Ela foi secretária de Estado da Educação, no Rio de Janeiro e, hoje, coordena um projeto educacional em cinco cidades brasileiras, entre elas, duas gaúchas: Porto Alegre e Pelotas.
Além de Cláudia, outros três especialistas integram a equipe. Farão diagnóstico e planejamento estratégico para resolver os principais gargalos da educação lajeadense, hoje com 15 mil estudantes, sendo oito mil da rede municipal.
O déficit nas creches e a elevação dos índices do Ensino Fundamental serão o alvo do programa a ser elaborado e executado em sete meses. Vinculada à Fundação Getúlio Vargas, a ideia promete revolucionar o sistema de ensino na cidade. O custo será de R$ 190 mil.
A proposta engloba vários eixos, desde um extrato preciso a um plano de médio e longo prazos. Será uma espécie de guia para o atual e futuros gestores da educação lajeadense.
Existe uma expectativa enorme para o desafio da educação, não apenas em Lajeado. A Hora publicou em 2012, no anuário Tudo, uma ampla reportagem sobre a depressão que abate os profissionais de ensino. “Professores adoecem e qualidade do ensino cai” alertava a manchete na página 74. Conforme um levantamento do Cpers, metade do quadro estadual padece de transtorno psíquico e mais de 70% se sente nervoso, tenso e preocupado.
Outrora mestres e considerados um esteio para muitos alunos sem amparo na família, hoje são um retrato de abandono. O papel se inverteu.
Urgente e vital para o país, estado e município investir na educação e, principalmente, com foco naqueles que são pilares de uma sociedade: os educadores.
Espero que a ideia do Governo de Lajeado avance no papel e não se esgote logo adiante. Educação é coisa séria e merece ser tratada como tal.
Rotativo congestionado
O vereador Ildo Salvi tenta aprovar na câmara proposta alternativa à do Executivo em relação ao estacionamento rotativo. Ele sugere revogar a lei de 2014 que previa multa aplicada pela concessionária, com prazo de regularização perante transformação em créditos.
Salvi reconhece que a ilegalidade fora aprovada pelos vereadores na época, inclusive ele, sem se darem conta de estarem infringindo a lei maior. Para corrigir o equívoco, sugere um “escalonamento gradativo e educativo”. Por meio de avisos de papel com cores diferentes, o consumidor do serviço será ensinado a utilizar e a pagar pelo tempo usufruído. A cada aviso não respeitado, um novo aviso implicará numa escala de infrações até ser guinchado.
A ideia é boa, mas exigirá um número maior de fiscais na rua. E está nessa divergência a lambança maior. A empresa colocou parquímetros, e se acha na condição de pleitear algumas alterações na lei municipal.
Terça-feira devem ser apresentadas emendas ao projeto do Executivo, que pretende retomar os avisos de advertência para transformar em créditos quem não paga.
Hoje, entre 5 a 10% não pagam. Os demais consumidores respeitam o sistema.
Lição para o dia a dia
O próximo workshop, Negócios em Pauta, ocorre na Acisam de Arroio do Meio. O tema será Educação Financeira, seja para finanças pessoais ou da empresa. O tema é pra lá de desafiador, ainda mais entre os brasileiros, cuja realidade é precária em 95% dos lares e na absoluta maioria das organizações.
O Sebrae tem mostrado dados alarmantes de empresas que fecham nos primeiros anos de funcionamento por pura ausência de conhecimento financeiro.
Ritmo frenético
Uma grande força-tarefa alterou o ritmo nos corredores do jornal A Hora nas últimas semanas. A contagem regressiva para uma publicação histórica, alusiva aos 15 do jornal, mais o lançamento do novo projeto gráfico, alteraram a rotina de todos. Além do fechamento da edição diária, os jornalistas se debruçaram sobre os jornais antigos, coletaram entrevistas e pesquisas sobre as transformações da região e do jornal. Enquanto isso, a equipe comercial e de arte fechava a ocupação de anúncios com venda recorde em menos de duas semanas. De todos os cadernos produzidos pelo A Hora, até hoje, esse foi comercializado mais rápido. Faltou espaço, o que denota quão importante a região considera o conteúdo de qualidade.
Eis a proposta, entregar no dia 29 uma compilação singular sobre os 15 anos do jornal e as transformações da comunicação no Vale e no mundo. Para onde vamos? Quais os desafios das marcas? E como se posicionar para não desaparecer?
Essas e outras provocações estão contempladas na publicação de 88 páginas que circula no dia 29, nos dois jornais, A Hora e A Hora Regional. Serão 15 mil exemplares.
Economia descola da política
O economista Pedro Ramos agradou na reunião-almoço da Cacis, nessa sexta-feira. Embora a indefinição política do país desenha um cenário instável, a economia está se dissociando, na opinião de Ramos.
Henrique Purper e Alexandre Dullius estavam entre os participantes do evento e gostaram do que ouviram. “Já estávamos mais dependentes. Hoje, a iniciativa privada e a economia está se descolando. Talvez seja a saída”, comentou Purper.
Para Dullius, o empreendedorismo não pode depender da política no Brasil. Ele também concorda que a dissociação será saudável ao país, ainda mais na indústria.