A educação é o caminho para uma sociedade melhor

Editorial

A educação é o caminho para uma sociedade melhor

Estrela abriu ontem o 1º Fórum Internacional de Educação. Um evento notório por trazer uma série de debates sobre os rumos do ensino frente ao avanço das novas tecnologias, da reestruturação nos Planos Municipais, Estaduais e Nacional de Educação e…

oktober-2024

Estrela abriu ontem o 1º Fórum Internacional de Educação. Um evento notório por trazer uma série de debates sobre os rumos do ensino frente ao avanço das novas tecnologias, da reestruturação nos Planos Municipais, Estaduais e Nacional de Educação e da nova Base Nacional Curricular.
O evento segue até amanhã e apresenta algumas experiências únicas. Como no caso da Escola da Ponte, no Distrito do Porto, em Portugal. O educador José Pacheco abriu os painéis. Ele integra a equipe que fundou um novo sistema de ensino.
O modelo dá autonomia às crianças. Não há separação por turmas, e o foco do aprendizado são os valores, a formação da ética e da solidariedade. A instituição pública forma estudantes com base em um sistema aprofundado no autoconhecimento.
Em vez de um professor, os estudantes acessam todos os orientadores educativos, que os acompanham tanto nas questões de aprendizagem acadêmicas quanto comportamentais. Por mais surpreendente que possa parecer, trata-se de um sistema implementado desde 1976.
Conhecer esse tipo de ensino expande horizontes. Mostra o quanto o sistema educacional interfere na formação das crianças e adolescentes. Também serve de alerta. É preciso evoluir. Ainda que hajam algumas experiências positivas na região, como o caso do projeto instituído pela Coordenadoria Regional de Educação, que por meio da Cipave provoca os estudantes a produzir curtas-metragens sobre temas relacionados ao bullying, violência e drogas, as escolas públicas ainda estão muito atrasadas em termos de estabelecer novos sistemas de ensino.
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O formato atual não se aproxima com a realidade e afasta o interesse dos estudantes. Com a imersão tecnológica atual, do conhecimento a um toque, do compartilhamento, a lógica do simples repasse de informações, onde apenas uma pessoa detém o conhecimento, está distante do esperado pelos jovens.
O ato de educar prevê quebra de paradigmas. Não aceitar dogmas, preconceitos e visões de mundo rasas e medianas. A escola precisa ensinar a pensar. Importante reforçar que esse é um desejo coletivo. Mas tornar a escola um ambiente saudável e propício para o desenvolvimento dos indivíduos não depende só das forças vivas da sociedade ou dos professores. A vontade política é fundamental. Também é fundamental debater que tipo de ensino a sociedade espera. As mudanças não podem ser feitas de cima para baixo. A história mostra que a imposição tende a fracassar. Apenas com diálogo pode-se chegar naquilo que é desejado e possível.
O educador português José Pacheco também mostrou que a transformação na vida dos jovens depende da educação. É preciso encontrar um modelo para formar indivíduos conscientes e com potencial de contribuir para uma sociedade melhor. Para tanto, é preciso união. A escola é um agente de transformação quando alia professores, direção, estudantes e família. Essa é a função do conhecimento, conceituar a vida. Dar propósito às escolhas dos estudantes.

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