O Corpo de Bombeiros Misto foi chamado às 2h53min de ontem para combater um incêndio na rua Padre Anchieta. Na residência de 120 metros quadrados, moravam sete dominicanos.
Conforme informações do bombeiros, quando eles chegaram ao local, a casa já estava tomada pelas chamas que alcançaram cerca de cinco metros de altura. Para combater o fogo e evitar que se alastrasse para outras casas e prédios próximos, foram usados 14 mil litros de água. A Brigada Militar também foi chamada e ajudou no atendimento.
Na hora do incêndio, Richard Tomaz Garcia, 31, e a tia, Sônia Pena, 54, estavam dormindo. “Acordei com um estouro nos fundos da casa, mas como era muito frio não levantei, pois pensei que era chuva de pedra pelo barulho”, conta. Segundo ele, minutos depois, Sônia o acordou apavorada. O fogo já se espalhava pela casa.
Incêndio teve início nos fundos da casa e se alastrou por toda a residência
Ambos correram e procuraram salvar algumas roupas que estavam no quarto da frente. Pelas 3h, quando o incêndio já estava sendo controlado, chegaram em casa os outros cinco moradores. Eles voltavam do trabalho em uma indústria de alimentos.
“Só restaram algumas roupas. Tínhamos tudo o que precisávamos, agora voltamos para trás”, diz Luis José Cabrera Valenzuela, 39, tio de Richard. Conforme Valenzuela ele, a mulher, o cunhado, sobrinhos e uma amiga da família vieram para o Brasil faz mais de quatro anos em busca de melhores condições de vida.
O trabalho em Encantado também garante ajuda para o restante da família que ficou na República Dominicana, país da América Central, situado ao lado do Haiti.
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Dania Cruz, 38, é outra dominicana que residia na casa, junto com os amigos. Ela morava no porão. Ao chegar do serviço, viu todos os pertences queimados: roupas, cama, colchão, geladeira, televisão e demais móveis e utensílios domésticos. “Perdermos tudo, até os documentos. Minhas economias, que eu estava guardando, também queimou. Tudo queimou. Fiquei apenas com a roupa do corpo”, conta.
Os dominicanos haviam alugado a casa faz cerca de dois anos. A imobiliária providenciou uma residência provisória para eles ficarem até encontrarem outra, nas proximidades do centro. Segundo informações do Corpo de Bombeiros, as razões do incêndio são desconhecidas devido à grande destruição.
