BRF afirma rever extinção da insalubridade

Lajeado

BRF afirma rever extinção da insalubridade

Sindicalistas alegam que informação não foi repassada de forma oficial pela empresa

BRF afirma rever extinção da insalubridade
Lajeado

Funcionários da BRF continuam em greve nesta semana. Eles aguardam que a empresa oficialize a continuidade do adicional de insalubridade. O assunto teria sido debatido, de forma informal, entre representantes da indústria e do Sindicato dos Trabalhadores a Alimentação (Stial).

“Eles falaram para a gente nem registrar, nem escrever, falamos informalmente sobre isso”, ressalta o presidente do Stial, Adão Gossmann. Ele afirma que os grevistas também esperam a confirmação do pagamento do prêmio por assiduidade, para voltarem ao trabalho. “Pediram para os funcionários voltarem a trabalhar, mas não dão garantia”, reclama.

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A princípio, uma nova rodada de negociação ocorre na próxima segunda-feira. Por enquanto a BRF propõe, de modo oficial, 3,9% de reajuste salarial, retroativo a maio; auxílio-escola de R$ 480; piso inicial de R$ 1.230, após 60 dias R$ 1.250; além de um abono de R$ 400 pelo encerramento do prêmio, e um abono indenizatório equivalente a um salário nominal no lugar do adicional.

“Estão querendo retirar, no mínimo, R$ 250, do nosso salário. Para um casal que trabalha aqui, isso dá a parcela de uma casa. É um absurdo, jamais esperávamos isso”, afirma uma grevista. Ela conta que os funcionários sabiam da proposta desde junho, mas aguardaram o tempo necessário para se mobilizar dentro da lei. Agora, prometem não recuar.

Tensão

As trocas de turno foram tensas na empresa. Desde ontem, cerca de 20 homens com cassetetes limitavam a entrada de grevistas na área de embarque da empresa. Eles deveriam manter distância do espaço privado. Enquanto isso, funcionários que não aderiram à greve eram xingados por parte dos grevistas.

“Conversamos com os seguranças para que os ônibus não entrassem no pátio para deixar os funcionários, e eles concordaram. Queremos que as pessoas sejam livres para escolher se entram ou se ficam aqui”, afirmou um sindicalista.

Ação na justiça

Outro motivo de tensão foram as suspeitas de que a empresa remanejou para Lajeado funcionários de unidades de Capinzal, Chapecó, Concórdia, de Santa Catarina; e de Marau, no norte do RS, a fim de suprir o déficit causado pela greve. A informação não foi confirmada pela assessoria de imprensa da empresa. Porém, Gossmann afirmou que a situação está ocorrendo. Com amparo na lei de greve, o sindicato entrou na Justiça para que seja proibido o remanejamento. Um hotel da cidade estaria com as instalações lotadas, devido à quantidade de funcionários que a empresa teria trazido de fora.

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