O padre Genoir Pieta comemorou com a comunidade os 50 anos de sacerdócio. Três celebrações foram realizadas no fim de semana. No sábado à noite, houve missa na Igreja Matriz São Pedro. No domingo de manhã, a celebração ocorreu na comunidade Santo Agostinho e depois na comunidade São Carlos, em Jacarezinho.
Nas três ocasiões, o padre foi homenageado e agradeceu a presença dos fiéis e também o dom de ser padre. “Sinto-me realizado e contente, de tal forma que, se pudesse voltar atrás, certamente tentaria corrigir os erros, mas não mudaria a história, porque não me arrependo de ter seguido a vocação sacerdotal”, destaca.
O sacerdote atuou em Encantado em dois períodos: de 1984 a 1992 e de 2013 a 2014.
Biografia
Pieta nasceu em 25 de janeiro de 1940 em Paraí. Filho de Antonio e Adelaide, é o oitavo de dez irmãos. “Desde pequeno, senti atração pelas coisas de Deus e fui vislumbrando os indícios da vocação sacerdotal.”
Entrou no seminário em fevereiro de 1952. Em São Paulo, cursou quatro anos de Teologia na Faculdade Nossa Senhora da Assunção. Foi ordenado padre em Paraí no dia 9 de julho de 1967.
Como sacerdote, continuou no seminário de Guaporé, onde também lecionou em escolas públicas. Em 1979, foi enviado a Porto Alegre para atuar na Igreja Nossa Senhora de Pompéia e no Setor de Migrações do Regional Sul III da Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). De 1984 a 1992, foi pároco de Encantado.
Após, por dois anos, foi reitor do Seminário de Nossa Senhora de Caacupé em Ciudad del Leste, no Paraguai. Em 1996, retornou a Porto Alegre e, meses depois, foi a Corumbá (MT), onde atendia os migrantes brasileiros na região de Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
De 2007 a 2009, foi vigário paroquial em Sarandi. Depois, até 2011, foi diretor do Recanto São Carlos em Guaporé. Em 2012, foi novamente a Porto Alegre e em 2013 retornou a Encantado como vigário paroquial permanecendo até fevereiro de 2014. Hoje atua em Campos Novos (SC).
Uma vida de fé
A Hora – O que é e significa para o senhor ser padre?
Padre Genoir Pieta – É uma resposta a um chamado de Deus. Me sinto feliz e realizado em ser padre.
Nestes 50 anos, quais foram as principais mudanças que a igreja teve na sua opinião?
Pieta – Me tornei padre no fim do Concílio Vaticano II, momento em que a igreja se atualizou. Nem todos entenderam, mas a igreja foi ao encontro do povo. As missas passaram a não ser mais em latim, mas na língua usada pelo povo. A liturgia e as pastorais passaram a atuar observando a realidade das pessoas. Passou-se a entender melhor que o povo é igreja e somos todos uma família.
Qual é o sentimento ao completar 50 anos de sacerdócio?
Pieta – Quase não acredito que se passou 50 anos. Me sinto entusiasmado e ainda mais jovem. Ao longo do tempo, a gente vai se renovando. É importante celebrar essas datas para dar graças a Deus e renovar o compromisso. Sinto o dever e a necessidade de partilhar essa alegria e convidar todos a unir-se a mim no louvor, gratidão e na ação de graças a Deus pelo dom do sacerdócio que ele me concedeu.
