Funcionários mantêm greve na unidade da BRF

Lajeado

Funcionários mantêm greve na unidade da BRF

Rodada de negociação está agendada para o dia 24

Funcionários mantêm greve na unidade da BRF
Lajeado

Uma assembleia de trabalhadores na manhã de ontem definiu pela permanência da greve na BRF. De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores a Alimentação (Stial), em torno de 70% dos quase três mil funcionários da unidade paralisaram as atividades por não concordar com a proposta da empresa de extinguir o adicional por insalubridade e o prêmio por assiduidade.

Conforme o presidente do Stial, Adão Gossmann, representantes da empresa e do sindicato se reuniram na busca por um acordo. Porém, segundo ele, a empresa manteve a proposta original e não abriu margem para negociações.

Ficou definida uma nova reunião para tratar o caso na segunda-feira, 24. Enquanto isso, afirma Gossmann, a greve será mantida. O Stial e a Federação dos Trabalhadores da Indústria de Alimentação do RS montaram barracas e caixas de som em frente à unidade da BRF. As entidades de classe também fornecem alimentação para os trabalhadores grevistas.

Em nota, a BRF alega que a negociação do Acordo Coletivo 2017/18 da unidade de Lajeado ainda está em curso. Conforme a companhia, a proposta apresentada no dia 13 ao Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Alimentação ainda está em análise pelos trabalhadores.

Conforme a empresa, diante da nova rodada de negociação marcada para o dia 24, não há motivos para manifestações que afetem a operação da unidade.

“A BRF reitera que sempre esteve disposta a dialogar com os sindicatos e representantes dos trabalhadores”, diz a nota. A empresa ainda alega manter o compromisso de respeito e transparência com todos os colaboradores.

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Impasse

A BRF propôs aos trabalhadores um reajuste de 3,9% retroativo a maio de 2017, além de auxílio-escola no valor de R$ 480. Com o reajuste, o piso inicial da empresa ficaria em R$ 1.230, e o piso efetivação em R$ 1.250.

Além do percentual equivalente à inflação do período, a empresa propõe a extinção do adicional por insalubridade e do prêmio por assiduidade. Em contrapartida, oferece um abono indenizatório equivalente a um salário nominal no lugar do adicional, além de um abono de R$ 400 pelo encerramento do prêmio.

De acordo com o presidente da Stial, a extinção dos dois benefícios representaria a perda de R$ 3,4 mil por ano. Segundo ele, com o reajuste, mais os abonos, os funcionários receberiam um adicional de R$ 2,4 mil, porém, apenas no primeiro ano.

“Mesmo no primeiro ano, a perda é de quase R$ 1 mil”, ressalta. O presidente do sindicato lembra que o prêmio por assiduidade é direito reconhecido pela Justiça do Trabalho, e só pode ser retirado em acordo coletivo.

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