Comissão regional aguarda representante do Estado

Lajeado

Comissão regional aguarda representante do Estado

Secretário Schirmer não confirmou presença

Comissão regional aguarda representante do Estado
Lajeado
oktober-2024

Integrantes do grupo de debate sobre a crise presidiária e servidores da Susepe aguardam um posicionamento do Estado. Em reunião na semana passada, o secretário de Segurança Pública, Cezar Schirmer, prometeu dar uma resposta sobre as medidas governamentais para garantir a reabertura do presídio de Lajeado até hoje. O pedido envolve transferência de presos da Região Metropolitana, melhorias na infraestrutura do complexo e o aumento do número de agentes penitenciários.

Superintendente da Susepe, Marli Ane Stock seria a encarregada de vir a Lajeado e anunciar se os pedidos serão atendidos. Porém, até ontem à tarde, a viagem ao Vale não estava confirmada. Segundo informações repassadas por servidores do gabinete da superintendente, ela precisaria ficar em Porto Alegre hoje, pois teria uma reunião com o governador José Ivo Sartori e o secretário de Segurança.

[bloco 1]

“Pode ser que ocorra um encaixe, mas até agora não tem nada”, afirmou uma servidora. A vinda dependeria do retorno de um juiz de Venâncio Aires. Ontem, representantes da Susepe participaram de uma reunião na cidade. O tema do encontro não foi revelado.

Para o promotor criminal, Ederson Maia Vieira, o importante é que seja dada uma solução à superlotação, e outros problemas, com ou sem a vinda de um representante estadual a Lajeado. Sem respostas, o presídio continuará interditado, e os agentes penitenciários devem interromper alguns serviços a partir de amanhã. Até o momento, a Susepe não transferiu os 30 presos, conforme determinação do diretor do foro, juiz Luís Antônio de Abreu Johnson.

Consequências gerais

A crise no sistema penitenciário gera dificuldades. Desde a interdição, faz 20 dias, ninguém permaneceu preso na delegacia de Lajeado.

Até então, a Susepe tem conseguido transferir os criminosos para outras casas prisionais. Porém, conforme a comandante interina do 22º Batalhão da Polícia Militar (BPM), capitã Karine Pires Soares Brum, tem sido recorrente, em casos de menor gravidade, a não efetivação do flagrante pela Polícia Civil.

[bloco 2]

Ela relata que, na semana passada, um homem foi pego cinco vezes pela BM. Nas primeiras quatro, por furto. Ele estava com os objetos do crime, ainda assim, foi liberado. No domingo passado, roubou um pedestre. Esse fato ocasionou a ordem de detenção.

Motivação

A fim de que continuem o trabalho, e não deixem a população desassistida, a BM incentiva a manter a postura, e continuar as prisões. “Pedimos a eles que não se desmotivem, e continuem fazendo as prisões.”

Presos ou soltos, os criminosos respondem pelo fato, ressalta o delegado Juliano Stobbe. Apesar das consequências, a interdição é necessária, frisa. “É algo a longo prazo, mas que precisa de vontade do Estado. A segurança está sendo negligenciada.”

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