A aprovação dos projetos lei de efetivação do Corpo de Bombeiros do RS 

Opinião

A aprovação dos projetos lei de efetivação do Corpo de Bombeiros do RS 

Foram muitos anos de luta pelo Corpo de Bombeiros Militar do RS (CBMRS) para a tão esperada independência da Brigada Militar. Em meados dos anos 80 e 90, eu era integrante da corporação. Nessa época era um sonho dos praças e do Corpo de Bombeiros a emancipação da Brigada Militar. Esse sonho era embalado nos porões, pois a maioria dos oficiais que serviam no CBMRS tinha origem no policiamento e reprimia qualquer opinião separatista.
No governo de Olívio Dutra, com o secretário de Segurança Pública, José Paulo Bisol, foram dados os primeiros passos para essa separação. O secretário determinou que um grupo de bombeiros fizesse todo o processo necessário para a separação, no entanto, o sonho foi interrompido na Assembleia Legislativa por falta de apoio político.
Em 2007, com a criação da Associação de Bombeiros do Estado do Rio Grande do Sul (Abergs), começou um movimento no estado, principalmente nos Legislativos municipais. A associação buscou apoio para emancipação dos bombeiros da BM. Eu era vereador no município de Santiago, e tive a oportunidade de conceder uma tribuna livre para um representante da associação explicar os motivos e benefícios da separação.
Em 2011, no Comando dos Bombeiros do Estado, a ideia começou a ganhar força e a maioria dos oficiais se engajou na possibilidade da separação. Esse movimento cresceu, junto com a esperança de emancipação, porém, somente em 2014, o então governador Tarso Genro encaminhou à Assembleia a PEC 67/2014, emancipando os bombeiros da BM. Mas ainda era necessária a aprovação de três leis: a de Organização Básica, a de Fixação do Efetivo e a de Transição.
Quando assumi uma cadeira no parlamento gaúcho, uma das minhas principais missões foi lutar para acelerar o processo de desvinculação. Quando os Projetos de Lei Complementar (PLCs) 278/2016 e 279/2016 passaram a tramitar na casa, discuti e expliquei para os demais colegas parlamentares a necessidade da aprovação.
Depois de tantas lutas, finalmente o sonho que nos embalava se tornou realidade. Na quinta-feira, 6, os projetos que faltavam foram aprovados. A partir de agora, os bombeiros crescerão muito, tanto em termos operacionais quanto em termos de estrutura e de preparo profissional. Eles terão uma formação específica e as corporações terão seu orçamento próprio, investindo nas necessidades da instituição.
Essa batalha não foi só minha, ela também foi da instituição, dos servidores que compõem o Corpo de Bombeiros (oficiais e praças). Desejo muito sucesso e êxito à nova corporação, o Corpo de Bombeiros do RS.
Bombeiro Bianchini. deputado estadual pelo PPL

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