Paixão pela corrida

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Paixão pela corrida

A policial rodoviária Carine Martins, 39, começou a correr em 2013 e se encantou pela atividade. Moradora de Lajeado, conta que o primeiro contato foi em Minas Gerais, quando participou de uma espécie de olimpíada nacional pela polícia e se…

Paixão pela corrida

A policial rodoviária Carine Martins, 39, começou a correr em 2013 e se encantou pela atividade. Moradora de Lajeado, conta que o primeiro contato foi em Minas Gerais, quando participou de uma espécie de olimpíada nacional pela polícia e se aventurou na prova de cinco quilômetros. “Fui, mas fiz fiasco, óbvio, nunca tinha corrido tanto na minha vida”, brinca.

Movida a desafios, assim que voltou ao Vale do Taquari, começou a se preparar para as próximas olimpíadas. Procurou um grupo, o Galgos, e colocou seu corpo e concentração à prova. Pouco tempo mais tarde, durante um treino de academia, conversou com algumas pessoas com gosto em comum e tiveram a ideia de criar um grupo de caminhada. “O objetivo era fazer ao menos uma caminhada longa por mês, pelo nosso interior, conhecendo a região, as paisagens”, conta.

De lá pra cá, os encontros foram constantes. Além da atividade física, o grupo aproveita para colocar a conversa em dia. Tanto assunto já rendeu o apelido de “gralhas” em uma das caminhadas.

Caminhadas em grupo fazem parte da rotina semanal da policial rodoviária Carine

Caminhadas em grupo fazem parte da rotina semanal da policial rodoviária Carine

Eles já fizeram um Audax, no ano passado, em Farroupilha, enfrentando uma temperatura era de -2º. “Tinha geado, saímos antes das 7h, ainda escuro e com gelo pelo caminho. Só consegui me esquentar lá pelo km 15”, lembra.

Hoje Carine corre três vezes por semana e, no sábado, o treino é mais longo. Cada vez com mais técnica e fôlego, participou de várias corridas na região e algumas em Porto Alegre. Na capital, neste ano, correu duas etapas do Circuito das Estações. E não para por aí: já está inscrita para a prova Poa Day Run. “Até o fim do ano passado, fazia o trajeto dos cinco quilômetros e este ano iniciei nos dez quilômetros”, comemora.

O objetivo de Carine nunca foi subir ao pódio. Busca apenas a superação de seus limites. “Isso me motiva, saber que a cada corrida melhoro um pouquinho meu condicionamento, meu tempo”. Se no começo, ia devagar e chegava exausta, hoje ultrapassa as linhas de chegada sorrindo.

A família prestigia e gosta muito da atividade. A filha, Isadora, 10, acompanha a mãe de bicicleta ou fica em locais estratégicos e seguros, próximos dos percursos, se divertindo e brincando. O marido, Ronaldo Becker Brito, 49, começou a caminhar com o grupo e tem pretensões de entrar para a corrida graças ao exemplo da mulher.

Apesar de modesta, ela já tem em seu currículo alguns prêmios como corredora não oficial

Apesar de modesta, ela já tem em seu currículo alguns prêmios como corredora não oficial

Apesar de modesta, Carine já tem alguns prêmios no currículo de corredora não oficial. Ganhou medalha de bronze na Olimpíada Nacional da Polícia, em 2015, em Brasília. “Nas demais corridas, apenas medalhas de participação. E são muitas”, diverte-se.

Organização faz parte da atividade física da Carine. Ela conta que segue uma planilha de treinos, feita por um profissional, com intervalo entre as atividades e descrições de ritmo. “Isso me dá uma certa disciplina, direciona meus treinos, evita que eu me exceda e acabe me machucando”, explica

Depois de tantas experiências, ela relembra uma passagem inusitada. Em uma prova de dez quilômetros, ela esperava que o marido estivesse na linha de chegada para fotografá-la e registrar sua “cara boa” após tanto esforço. Contudo, ele se atrapalhou e esperou no pórtico dos cinco quilômetros. Como resultado, Carine ficou sem fotos.

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