Segurança na UPA é abordada em reunião

Lajeado

Segurança na UPA é abordada em reunião

Simers e governo de Lajeado debatem como garantir tranquilidade aos profissionais

Segurança na UPA é abordada em reunião
Lajeado

O resgate de um criminoso durante atendimento na UPA motiva reação do Sindicato Médico do RS (Simers). Presidente da entidade, Paulo de Argollo Mendes se reúne hoje, às 17h, com o prefeito Marcelo Caumo para discutir a segurança aos profissionais na unidade.

De acordo com Mendes, o sindicato responsabilizará criminalmente o governador José Ivo Sartori por colocar em risco a vida de médicos, enfermeiros, técnicos em Enfermagem e pacientes. “Foi uma situação de gravidade extrema, pois criminosos armados com fuzis invadiram a sala de espera de um posto de saúde onde estavam homens, mulheres e crianças.”

“O risco desse tipo de situação para a população é enorme”, enfatiza. Segundo ele, não pode ser permitido que um preso seja atendido no mesmo local que a comunidade. Sugere a construção de um ambulatório anexo ao presídio para receber os detentos.

“Não podemos misturar pessoas que podem se aproveitar do atendimento na UPA como uma oportunidade de fugir da cadeia”, ressalta. Conforme Mendes, o Simers já havia alertado o governo do Estado sobre os perigos desse tipo de situação.

“A população não tem por que ser submetida a esse tipo de situação. Preso tem que estar no presídio”, alerta. Segundo o presidente do Simers, a mudança nos procedimentos foi solicitada sem sucesso em reuniões com o comandante da BM e o secretário de Segurança, Cezar Schirmer.

“Temos que ser muito radicais, e responsabilizar pessoalmente o governador. Se a equipe dele não tem competência para evitar uma desgraça, ele é responsável”, aponta.

Resgate violento

Por volta das 20h do dia 26 de junho, o preso Rudinei Lopes foi resgatado por comparsas quando passava por atendimento médico na UPA, no bairro Moinhos D’Água.

O criminoso fugiu junto com pelo menos quatro homens armados e um refém, após intenso tiroteio. Testemunhas falam em mais de 30 disparos de armas de grosso calibre. A quadrilha fugiu a bordo de dois carros.

Interdição do presídio

No dia seguinte ao resgate, o diretor do foro de Lajeado, Luís Antônio de Abreu Johnson, determinou a interdição do presídio por 90 dias. Além da falta de segurança, Johnson apontou a precariedade e a superlotação da prisão como motivos para a medida.

Após a interdição, uma reunião entre representantes das secretarias de Segurança Pública (Sesp) e da Saúde (Sesa), da Susepe, Brigada Militar e da Fundação Hospitalar Getúlio Vargas alinhou medidas para ampliar a segurança na UPA.

Ficou definido que os órgãos de segurança tomarão medidas operacionais durante os deslocamentos de detentos para evitar novos ataques. Também será avaliada a ampliação da carga horária do médico que atende as consultas de rotina dentro do presídio.

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