O surto de caxumba preocupa população e setores de saúde. A doença atingiu metade da equipe do Centauros e provocou o cancelamento do jogo deste sábado no Parque Princesa do Vale, contra o Planalto Rugby Clube.
Daniel Mallmann, 25, foi um dos oito atletas que apresentou os sintomas. “Senti uma dor de cabeça muito forte, inchaço abaixo das orelhas e surdez. Fui no Pronto-Socorro e fui diagnosticado com caxumba.”
Segundo ele, a doença não foi muito agressiva e, como trabalha em um ambiente com poucas pessoas, os médicos orientaram a seguir com as atividades profissionais. “Imaginei que teria caxumba, outros atletas do Centauros tiveram. Nesta semana mais um foi diagnosticado.”
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A caxumba é uma infecção viral que afeta as glândulas salivares. Devido à ausência de políticas de imunização para preveni-la, até a década de 80, a doença era muito comum. Desde 20015, depois de um surto em jogadores do Grêmio, a doença voltou a ser notificada.
Desde o início do ano, 14 casos foram notificados pela Vigilância Epidemiológica. Segundo a enfermeira responsável pelo setor, Carmen Hentschke, durante todo o ano passado, foram seis casos notificados. “Em seis meses, temos mais que o dobro de casos, em relação aos 12 meses do ano passado.”
De acordo com ela, nem todos os casos são notificados para o setor, por isso, o número pode ser maior. “Algumas pessoas são atendidas em consultórios particulares e a doença não entra nos registros.”
O que chama atenção é que jovens e crianças, que foram imunizados, estão contraindo a doença. “Durante a vacinação da meningite e HPV, nas escolas, verificamos a carteirinha de um menino que teve a doença. As duas doses da vacina estavam em dia. Esse menino teve complicações. Apresentou um quadro de pancreatite, mas agora está recuperado.”
