O número de casos de gripe aumenta nos períodos mais frios do ano. A transmissão do vírus acontece por via respiratória, geralmente pela inalação de partículas de secreção infectada em suspensão no ar. Por esse motivo, é importante tomar certos cuidados ao tossir ou espirrar.
O contágio por contato físico direto ainda não foi totalmente esclarecido, mas é possível que encostar em uma superfície que acaba de receber o vírus eventualmente facilite a transmissão. Febre, dor muscular e de cabeça, tosse, espirro, coriza, congestão nasal, prostração e falta de apetite são alguns sintomas da doença.
Os vírus são organismos que precisam entrar nas células para sobreviver e o influenza tem predileção pelas do sistema respiratório. Quando ele vence as defesas celulares e começa a replicar-se, a pessoa demora entre três e quatro dias para manifestar os sintomas da gripe provocados pela multiplicação dos vírus e pela resposta inflamatória que induzem.
Conforme a pneumologista Aline Costa Mathias, a principal complicação da gripe é a pneumonia. “Crianças e idosos apresentam maior incidência de quadro mais graves, com complicações”, aponta. Ela cita ainda que pacientes cardiopatas, pneumopatas, obesos e diabéticos merecem atenção. O diagnóstico costuma ser clínico, sem necessidade de exames laboratoriais. Comumente pessoas com febre e sintomas respiratórios que se manifestaram há menos de 48 horas recebem o diagnóstico de gripe.
De repente, tossiu
A gripe normalmente tem início abrupto e provoca febre alta, ultrapassando os 38°C. Outro sinal é tosse seca, acompanhada de dor de garganta e coriza.
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A gripe costuma melhorar em até cinco dias contados a partir do início dos sintomas, mas, em alguns casos, o quadro pode se estender por mais de uma semana. A recuperação é rápida. No entanto, algumas pessoas demoram semanas para se recuperar da “fraqueza” que sentem.
Tratamento
Como a gripe é uma doença autolimitada, na maioria dos casos, basta o tratamento de suporte, com analgésicos, antitérmicos, repouso e hidratação. Em algumas situações, podem ser introduzidos medicamentos antivirais. Esses remédios só funcionam se forem administrados nas primeiras 48 horas a contar do início dos sintomas.
Antibióticos não funcionam para tratar a gripe e são prescritos só nos casos de eventuais infecções bacterianas, que podem advir como complicação do quadro.
Prevenção
A prevenção da gripe consiste em medidas relativamente simples: vacinação e cuidados básicos de higiene. O objetivo da vacinação é fazer com que a pessoa não contraia a infecção ou, se isso não for possível, que tenha um quadro mais leve da doença. Os efeitos colaterais da vacina são geralmente locais (dor e inchaço no lugar da aplicação, por algumas horas). Eventualmente, pode provocar um quadro semelhante ao de um resfriado comum.
A vacinação deve ser repetida anualmente, porque a fórmula muda de acordo com as alterações sofridas pelos vírus. De um modo geral, a pessoa demora duas semanas para desenvolver os anticorpos adequados.
A pneumologista Aline garante que a vacinação é eficiente, porém, enfatiza que é importante saber que ela imuniza contra os tipos do vírus mais comuns em cada ano, incluindo hoje o H1N1. Segundo a médica, a vacina reduz a intensidade da gripe, diminuindo a chance de complicações graves como pneumonia e insuficiência respiratória.
Adultos com mais de 50 anos, transplantados, pacientes com HIV, doentes crônicos e profissionais de saúde estão entre aqueles que devem tomar a vacina todo os anos.
As medidas de higiene para a prevenção da gripe são simples: cobrir a boca quando tossir ou espirrar (para evitar a disseminação maior de partículas que carregam os vírus) e manter as mãos limpas (lavá-las com água e sabão) para evitar eventual transmissão por contato. Uma alimentação saudável, aliada ao consumo de bastante água, ajuda na prevenção.
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