De janeiro a junho deste ano, pelo menos 120 acidentes foram registrados pela Brigada Militar. Apesar do número ser menor em comparação ao mesmo período de 2016, as estatísticas ainda assustam.
O mês de janeiro, por enquanto, é o que mais registrou colisões: 17. Maio é o segundo, com 14. A primeira morte por acidente registrada dentro do município se confirmou na tarde dessa quinta-feira. Ellita Birkheuer Feyh, 82, não resistiu aos ferimentos depois de ficar 12 dias em coma no Hospital de Pronto Socorro, em Porto Alegre.
A idosa foi atropelada no dia 25 de junho, na estrada geral da localidade de Boa Vista Fundos. O condutor fugiu do local. Com o impacto, Ellita teve traumatismo craniano e múltiplas fraturas pelo corpo.
O filho, Jair José Feyh, foi até a câmara de vereadores com a família para reivindicar justiça. “Ela era acostumada a fazer aquele trajeto há 21 anos.” De acordo com a servidora do Departamento de Trânsito, Sionara Vasques, um levantamento foi realizado no início do ano para diagnosticar os pontos que mais registraram ocorrências dessa natureza.
A esquina das ruas Dom Pedro e Capitão Schneider, no bairro Canabarro, é uma delas. No bairro Languiru, a esquina das ruas Fernando Ferrari com a Pedro Schneider é outro ponto de colisões. Na Avenida 1 leste, os locais próximos às ruas transversais são pontos considerados mais perigosos. “É sempre nas esquinas que acontece o acidente. A maioria dos casos é por falta de atenção dos motoristas.”
Diante do levantamento, o Departamento de Trânsito realizou melhorias na sinalização. Mas faz o alerta. Mesmo com a instalação de elevadas para passagem de pedestres e novas pinturas e placas, é preciso redobrar a atenção.
Falta de atenção
O pintor Mário Lúcio Dias dos Santos mora faz mais de 20 anos na cidade. Dirige faz 30 anos e afirma que nunca tomou uma multa. Para ele, os principais problemas são a imperícia ao conduzir o carro. “Ligam o pisca para um lado e vão para outro, ou nem ligam o pisca e arrancam. Muitos cortam a frente sem nem perceber.”