Reunião sugere parceria entre Central e Hospital Bruno Born

Lajeado

Reunião sugere parceria entre Central e Hospital Bruno Born

Clínica seria uma “filial” do HBB. Solução foi apresentada ontem

Reunião sugere parceria entre Central e Hospital Bruno Born
Lajeado

Representantes do Executivo, 16ª Coordenadoria Regional de Saúde (CRS), Hospital Bruno Born (HBB) e do Centro Regional de Tratamento e Recuperação do Alcoolismo (Central) realizaram audiência na sede da câmara de vereadores. No encontro, definiram uma força-tarefa para tentar impedir o fechamento da clínica. Principal sugestão é uma parceria com o HBB.

Desde junho, a Central não tem mais o alvará sanitário expedido pelo governo do Estado, por meio da 16ª CRS. O documento havia sido cassado por vias judiciais em fevereiro, entretanto, conforme explica o coordenador regional de Saúde, Ramon Zuchetti, o órgão aguardou quatro meses para aguardar eventual nova decisão sobre a clínica.

“Não estamos questionando a eficácia do trabalho da Central. Muito antes pelo contrário. Sabemos da qualidade do serviço. Entretanto, eu preciso seguir dentro da legalidade e, hoje, a legislação só permite Unidades de Desintoxicação (UD) em ambientes hospitalares”, reitera Zuchetti.

Dickel, Natanael dos Santos (procurador do municipio), Zuchetti, Jaeger e Muskopf conversaram com funcionários da Central

Dickel, Natanael dos Santos (procurador do municipio), Zuchetti, Jaeger e Muskopf conversaram com funcionários da Central

Tal afirmação é questionada pelo advogado da atual diretoria, André Jaeger. Para ele, a normativa apresentada como justificativa pela 16ª CRS não é clara e, sendo assim, permitiria a instalação de uma UD dentro da Central. “A UD não é um bicho de sete cabeças, é só uma sala para curar o porre e depois decidir se quer ou não seguir o tratamento”, afirma.

Sobre o futuro da clínica, Jaeger chama a atenção para a necessidade de agir dentro da legaliadade. “Não vamos mudar nosso modelo de tratamento, e não vamos atuar na ilegalidade, sob risco de qualquer um da diretoria ser punido por isto.”

O secretário de Saúde, Tovar Muskopf, afirma ser possível o Executivo liberar o alvará. Mas, para tal, seria necessário transformar a Central em uma comunidade terapêutica, ou uma “residência terapêutica”, o que implicaria em mudanças no modelo de tratamento.

“Mas não queremos isso. Agradecemos ao governo municipal, mas não queremos”, diz o fundador da clínica, Roque Lopes, bastante emocionado. “Mudaria todo o modelo de tratamento. A Central perderia sua principal essência”, complementa um dos atuais administradores, Ademir Becker.

Assembleia decide sobre fechamento

Amanhã, às 18h30min, no Salão de Eventos da prefeitura, ocorre assembleia entre os integrantes da associação para decidir sobre o fechamento ou não da instituição. No edital de convocação, a associação cita a dificuldade para conseguir o alvará. “Essa diretoria está decidida a não mudar o tratamento e tampouco atuar na ilegalidade”, reitera Jaeger.

Possível convênio com HBB

Presente no encontro de ontem, o diretor executivo do HBB, Cristiano Dickel, preferiu não se aprofundar no assunto debatido. Segundo ele, que foi chamado às pressas para a reunião, qualquer decisão acerca de um possível convênio entre o hospital e a Central será tomada pela diretoria da instituição.

A ideia foi apresentada pelo vereador, Ildo Salvi (REDE). Segundo os integrantes do encontro, seria uma forma de garantir a emissão do alvará. “Hoje não há espaço físico para esse tipo de tratamento. São apenas 10 leitos e já tivemos que usar 3 ou 4 leitos da Emergência. O HBB não tem filiais. A decisão sairia de uma assembleia”, informa Dickel.

Acompanhe
nossas
redes sociais