Debate estratégico e indispensável

Editorial

Debate estratégico e indispensável

A cadeia leiteira está entre as principais matrizes econômicas do Vale do Taquari. Exerce papel social singular sobre a agricultura familiar. Pelo impacto e valor socioeconômico para a região, o setor é uma das bandeiras de desenvolvimento estabelecidas e adotadas…

A cadeia leiteira está entre as principais matrizes econômicas do Vale do Taquari. Exerce papel social singular sobre a agricultura familiar. Pelo impacto e valor socioeconômico para a região, o setor é uma das bandeiras de desenvolvimento estabelecidas e adotadas pelo jornal A Hora.
Desde 2006, quando o jornal acompanhou a 1ª comitiva regional que foi a Galícia, na Espanha, buscar novas fórmulas de manejo e políticas de qualificação, o A Hora publica reportagens especiais, promove debates e incentiva a permanente profissionalização, desde as propriedades até a industrialização e comercialização.
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Os recentes avanços no volume e na qualidade de produção colocam o Vale como uma das principais bacias leiteiras do estado. Além de milhares de produtores, concentra duas das maiores cooperativas gaúchas – Dália e Languiru, responsáveis pela industrialização do leite.
Ainda que a qualificação da cadeia seja visível, a falta de uma política pública bem definida afeta o setor. A abertura desenfreada das porteiras da importação de leite, aliada a incentivos tributários a empresas multinacionais, faz o governo do Estado caminhar na contramão dos produtores e cooperativas.
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O Instituto Gaúcho do Leite (IGL), que surgiu para ordenar e organizar todas as variáveis, acabou nocauteado diante de interesses individuais e sucumbiu pelo protecionismo de entidades e setores que resistem a criar um modelo padrão e coletivo.
Diante de uma nova crise, provocada sobremaneira pela importação de leite do Uruguai, o jornal A Hora, por meio do projeto Pensar o Vale, reúne o que há de mais decisivo e influente na cadeia. Debate sobre os rumos e desafios da cadeia leiteira está marcado para o dia 13, na Univates.
Secretários de Estado, deputados, representantes de sindicatos, conselhos e indústrias debatem saídas para evitar uma debandada cada vez maior de produtores. O número de famílias desistentes nos últimos meses assusta e merece ser encarado de frente.
O momento é grave e exige a condução da sociedade pela mão do cidadão protagonista. Não há espaço para omissões e egoísmos. É hora de discutir, pensar e fazer. O debate do dia 13 é aberto e pretende protagonizar um movimento a favor do equilíbrio e sustentabilidade da cadeia leiteira.

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