Cultura da Paz será debatida

Lajeado

Cultura da Paz será debatida

Audiência ocorre hoje na câmara

Cultura da Paz será debatida
Lajeado
oktober-2024

A Assembleia Legislativa realiza hoje, na câmara de vereadores, a audiência pública Cultura da Paz. O evento inicia às 19h e tem como tema o combate à violência no ambiente escolar. A Comissão Interna de Prevenção a Acidentes e Violência Escolar (Cipave) é uma das iniciativas.

O encontro partiu da Comissão de Segurança, por meio do deputado Catarina Paladini (PSB). De acordo com a coordenadora da 3ª CRE, Greicy Weschenfelder, a audiência estará imbuída de programas como Justiça e Círculos Restaurativos.

Para a coordenadora, o Cipave firmou-se como um case de sucesso. “Não se trata de política de governo, é política pública.” Hoje, a cultura do grito dentro do ambiente escolar é notável, assim como a falta de empatia.

Professores chegam ao fim do expediente completamente roucos ou quase sem voz, diz. Segundo Greicy, a escola não é mais responsável apenas pelos conteúdos e hoje assumiu vários papéis. “A sociedade impõe isso, mas precisamos da ajuda de todos. Essa separação de quem educa é a família e quem ensina conteúdo é a escola ficou ultrapassada.”

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Para ela, os problemas continuam a chegar e a envolver não só quem tem dificuldades em casa, mas todos que fazem parte daquela turma. “É preciso mudar. A gente pode chorar, mas vamos ter mais presos e mais tragédias se a escola não fizer esse papel.” Segundo a coordenadora, a superlotação nos presídios é um sinal de que todos falharam.

Intolerância

A alta exposição às reações na internet, nas redes sociais, é reflexo da falta de empatia. “Todo mundo dá opinião, mas isso não é conhecimento.” Para ela, é preciso não eximir a tarefa de educar dos professores. “Muitas vezes não se pode esquecer a vida pregressa do aluno. Se não souber escutá-lo, ele vai arrumar alguma encrenca.”

O Cipave, como ferramenta, conta com objetivos claros que é desenvolver nos estudantes a tolerância e a empatia.

Formação

Segunda a coordenadora, uma parceria com a Promotoria de Justiça visa formar 70 professores em justiça restaurativa. Trata-se de um processo voltado para resolução de conflitos. Isso envolve a participação maior do infrator e da vítima.

“O que vemos hoje são ações que já aconteciam, mas não eram organizadas.” Afirma que existe a resistência de alguns professores diante da proposta do Cipave. Segundo ela, isso ocorre porque ainda tem a ideia de que se trata de um programa político. “Não pode parar. É uma ideia de política pública que está dando resultados.”

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