Precariedade de imóvel inviabiliza aulas

Teutônia

Precariedade de imóvel inviabiliza aulas

Prédio histórico que abrigava biblioteca pública está fechado faz pelo menos meio ano

Precariedade de imóvel inviabiliza aulas
Teutônia

A última reforma do prédio que abrigava o Centro Cultural 25 de Julho ocorreu em 2009. Hoje, há rachaduras e vincos nas paredes. Sem biblioteca pública, o município realocou os livros para uma sala menor, no Centro Administrativo.

A entidade que administrava o Centro Cultural 25 de Julho parou de receber da administração os R$ 180 mil anuais para oferecer à comunidade aulas e oficinas, além de manter em funcionamento a biblioteca.

Ao extinguir as atividades, os ex-gestores doaram os bens à Sociedade Paz, do bairro Teutônia. Essa era uma das cláusulas do regimento interno da associação. Apontava que, em caso de extinção, a diretoria deveria providenciar a doação dos instrumentos e móveis a outra entidade semelhante.

A nova administração reduziu ainda as verbas anuais para pasta. Hoje são R$ 165 mil ao ano, distribuídos para financiar o novo projeto de núcleos culturais.

De acordo com o secretário de Juventude, Cultura, Esporte e Lazer, Marcelo Brentano, o município decidiu descentralizar a cultura. Afirma que os investimentos eram altos para pouco resultado. “As turmas eram pequenas, atingindo poucos alunos.”

Diz ainda que era preciso cumprir a lei que estabelece o regime jurídico das parcerias entre a administração pública e organizações da sociedade civil. Algumas prerrogativas impostas impediam a liberação das verbas.

Prédio deve ser reformado

Sem manutenção, as partes de madeira como assoalho e forro foram tomados por cupins. Segundo o secretário, o prédio histórico não tinha planta nem alvará. “Hoje o prédio está bem precário. A parte de cima não tem como abrigar os alunos.”

A ideia é legalizar o imóvel para funcionamento que pode não ser para cultura, mas até outra pasta.

Núcleos de cultura

Depois que a associação cultural encerrou as atividades, a administração lançou o projeto dos Núcleos Culturais. Parcerias entre comunidades católicas e evangélicas possibilita aulas e oficinas em diferentes localidades, sem custos pela ocupação dos espaços.

Ele conta que 665 novas vagas foram abertas para aulas de música com diferentes instrumentos de sopro, cordas, bateria, piano, pintura a óleo sobre tela e teatro infantil e adulto e dança. “Não era a qualidade dos professores. Até muitos deles estão dentro do outro projeto. Isso facilitou o acesso à cultura.”

Brentano afirma que agora as turmas são de 25 alunos. “Ampliamos o leque e diminuímos os custos. Ainda há vagas e é gratuito. Mas cada um precisa ter o seu instrumento.”

Segundo o secretário, a biblioteca foi realocada. Diz que os livros estão em uma sala menor, no Centro Administrativo. A secretaria está informatizando sistema. “Somos gratos ao Rotaract e Rotary Club que nos ajudaram com a organização. Vamos abri-la em no máximo 30 dias.”

Para ele, a biblioteca já estava fechada antes. “Estava apenas estocando livros. Vamos torná-la mais dinâmica aqui.”

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