O primeiro leilão para venda dos shoppings do M.Grupo em Gravataí e Lajeado não teve compradores. Os dois centros comerciais estavam avaliados em R$ 231 milhões. Desse total, os 30% do estabelecimento de Lajeado custavam R$ 42,4 mi.
Sem interessados, uma nova tentativa será feita no dia 29. Dessa vez, o lance mínimo será de R$ 207,5 milhões. Os valores são referentes aos cálculos das dívidas do M.Grupo, cobradas por uma série de investidores.
Caso os dois empreendimentos não sejam vendidos, o Shopping Gravataí e 30% do Shopping Lajeado passam para o nome da empresa Ápice, que reúne todos os investidores que hoje cobram os valores na Justiça.
A penhora judicial ocorreu em fevereiro deste ano, após o grupo negar, por diversas vezes, a possibilidade de leiloar o prédio de Lajeado. Naquele mês, a credora do M.Grupo, a empresa Capital Securitizadora, solicitou a venda de parte do empreendimento por meio de leilão, com a administração se mantendo a cargo da GlobalMalls, também pertencente ao grupo paulista.
O M.Grupo comprou, junto a Transporte e Conexão Sul, 70% do complexo em 2012, e os 30% restantes foram adquiridos da família Zagonel, em abril de 2013.
Credores do M.Grupo cobram penhora dos bens do conglomerado na Justiça
Impasse
Desde 2015 o grupo vem apresentando diversos problemas financeiros. Em abril, por exemplo, por falta de pagamento à RGE Energia, o empreendimento teve a energia elétrica cortada durante quase três dias. A Globalmalls, empresa administradora do Shopping Lajeado que também pertence ao M.Grupo, culpou a inadimplência dos lojistas.
A associação dos lojistas ingressou com pedido na Justiça para retirar da Globalmalls a administração do prédio. A gestão e a administração do empreendimento foram passadas para a Resolve Condomínios, de Lajeado. Horas depois, a desembargadora Ana Rebout suspendeu a liminar. Os empresários entraram com recurso. O assunto seria decidido ontem, mas um magistrado solicitou mais tempo para análise.
Detalhes
Os 30% do empreendimento em Lajeado estão avaliados em R$ 42,4 milhões. Conforme o edital publicado no site da Milan Leilões, o prédio comercial localizado junto à BR-386, no bairro São Cristóvão,
O prédio tem 36,8 mil metros quadrados, “composto de Loja com área real total de 13,8 m², Loja de Uso Comercial com área real total de 5,9 mil m², Lojas acessórias com área real total de 1,9 mil m², Administração do Shopping com área real total de 253,18 m², Loja Mezanino com área real total de 572,75 m², e Garagem Subterrânea com área real total de 14,2 mil m², em terreno de 22,3 mil m².”
Consta também que a “desocupação ficará por conta do adquirente. No edital, os leiloeiros explicam que, em caso de venda, estará condicionada “ao exercício do direito de preferência dos condôminos, o qual será notificado após o leilão, para que em caso de interesse, exerça o direito nas mesmas condições e preços alcançados no resultado do leilão.”
