O governo contrata um profissional especializado para produzir o Plano Museológico do Museu Bruno Born, instalado hoje na Casa de Cultura, no centro histórico da cidade. O prazo de entrega é de quatro meses. Hoje são mais de 1,3 mil peças catalogadas no local, que recebeu quatro mil visitantes desde 2014. Gasto será de R$ 37 mil, com recursos da União.
De acordo com o secretário de Cultura, Esporte e Lazer (Secel), Carlos Reckziegel, o Executivo optou, desde o início da gestão, por não utilizar o prédio histórico como escritório administrativo. “Isso se deu por que na nossa visão a casa precisa ser utilizada para fins culturais. Pretendemos modernizar e reformar a casa, e ampliar a utilização com atividades culturais.”
O Plano Museológico é o primeiro passo. Segundo Reckziegel, contribui para ampliar as atividades no museu e na própria Casa de Cultura. “Os recursos são provenientes de um edital de 2014 publicado pelo Instituto Brasileiro de Museus, oportunidade em que a Secel submeteu um projeto para um plano de modernização do museu”, diz. Esse projeto foi contemplado em 2016 com R$ 36.882,25 para essa finalidade.
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No termo de referência para a licitação, a Secel cita que os documentos e acervo têm “representatividade perante a sociedade”, mas que o museu “carece de ferramentas efetivas de gestão e também de ações estruturadas para a inclusão e acesso do usuário aos seus espaços e acervos”. O profissional contratado precisa comprovar, no mínimo, quatro anos de experiência.
O museólogo vai trabalhar 147 horas na elaboração do plano. O serviço engloba diversos itens. Entre esses, visitas técnicas e elaboração do diagnóstico global da instituição; sistematização dos dados; discussão com equipe do museu; elaboração dos programas; elaboração de projetos estruturantes – no mínimo cinco –; discussão com equipe; revisão da redação; e por fim a entrega do plano.
Acervo catalogado contempla 1,3 mil peças sobre a história da cidade
Além do documento, Reckziegel salienta outras melhorias previstas e já realizadas na Casa de Cultura. Entre essas, cita o encaminhamento de um pedido para reformas das aberturas, e fala sobre recursos provenientes do Conselho do Meio Ambiente (Comdema) para essa finalidade. “Além do plano, estamos solicitando que o profissional a ser contratado elabore projetos para a casa, visando desde reformas até projetos culturais para serem executados.”
O secretário também pretende divulgar com mais ênfase o único imóvel de Lajeado que é tombado e considerado Patrimônio Histórico do Estado. “Vamos buscar uma divulgação maior da Casa de Cultura para toda a comunidade. Queremos a visita de estudantes para conhecer a história do município, participar de atividades culturais e também de oficinas e cursos. Muitas já ocorrem hoje, mas temos a intenção de ampliar”, finaliza.
O que é o Plano
O Estatuto de Museu é um marco regulatório para as instituições museológicas de todo o país. Os museus devem adequar suas estruturas, recursos e ordenamentos ao disposto na Lei. O Plano Museológico é “compreendido como ferramenta básica de planejamento estratégico, de sentido global e integrador, indispensável para o ordenamento e a priorização dos objetivos e das ações de cada uma das áreas de funcionamento”.
De acordo com o estatuto, são princípios fundamentais dos museus a valorização da dignidade humana; a promoção da cidadania; o cumprimento da função social; a valorização e preservação do patrimônio cultural e ambiental; a universalidade do acesso, o respeito e a valorização à diversidade cultural; e o intercâmbio institucional.
