Empresa investe R$ 1 mi para construir estaleiro

Taquari

Empresa investe R$ 1 mi para construir estaleiro

Contrapartida do município será cessão da área

Empresa investe R$ 1 mi para construir estaleiro
Vale do Taquari
oktober-2024

Subaproveitada faz anos, a infraestrutura do porto começa a ter melhor utilização. Depois da Intecnial se instalar no local, em 2012, agora a Lima Reparação e Construção Naval passará a prestar serviços à beira do rio.

Dois lotes de terra do Loteamento Residencial Prof. Emílio Schenk, com área total de 720 metros quadrados, foram cedidos pelo município para a empresa construir o estaleiro. No local, além de reformar, ela poderá ampliar e fabricar barcos e navios. Até então, a Lima apenas cedia mão de obra, e não tinha um local próprio para prestar seus serviços.

O contrato de cessão da área tem duração inicial de 12 meses, podendo ser prorrogado em até 60, caso a prestadora de serviços atenda as contrapartidas. Uma delas é investir R$ 1 milhão nas instalações do estaleiro. A outra é oferecer inicialmente pelo menos 20 postos de trabalho.

Para o prefeito Emanuel Hassen de Jesus, o “Maneco”, esse será o maior ganho. “Para nós é ótimo. Valoriza o potencial da região, pois temos muita mão de obra preparada para essas atividades.” Ele acredita que, ao longo do próximo ano, a empresa possa ofertar até 40 vagas. Outras 60 são previstas para a Intecnial, hoje parada, à espera da renovação da licença ambiental da Fepam. “Tiveram alguns problemas no ano passado, devido à crise. Mas irão retomar os serviços, acreditamos que em 60 dias”, esclarece. Além das duas, o Estaleiro Naval Couto também opera no porto. Instalada no local faz cerca de 40 anos, a empresa realiza agora a ampliação de um barco.

O sonho do transporte de cargas

Em 2015, a União chegou a anunciar que repassaria R$ 6,97 milhões para obras de ampliação e modernização do porto, por meio do Programa de Investimento em Logística (PIL). O recurso, que deveria chegar em 90 dias e viabilizaria o transporte de grãos, acabou não sendo repassado, devido à crise.

Porém, o município ainda sonha com a retomada do transporte hidroviário. O último carregamento de soja ocorreu há cerca de dez anos, aponta Maneco. Ainda há um espaço da Termasa, que permite a carga e descarga de produtos. Outros ainda poderiam ser construídos no porto. “A construção desses locais demanda altos investimentos e ainda não surgiu nenhuma empresa que consiga sustentar a operação logística daqui até Rio Grande”, lamenta.

11_AHORA

Sinal de retomada

Em 2012, o A Hora apresentou o interesse de Taquari, e da região, em integrar o polo naval.

Na época, o porto já dava sinais de retomada, com a instalação da Intecnial, que construía uma barca de R$ 18 milhões.

Acompanhe
nossas
redes sociais