O legado da CPI das Próteses

Opinião

O legado da CPI das Próteses

No primeiro ano de meu mandato nesta casa, em 2015, fui presidente da CPI das Próteses e Medicamentos. A comissão investigou a atuação da chamada “máfia das próteses”. Médicos que realizavam cirurgias, normalmente de coluna, que eram desnecessárias e superfaturadas em até 700 %. Na conclusão dos trabalhos, a comissão encaminhou uma série de recomendações e pediu o indiciamento de vários profissionais.
Vejo agora que o trabalho da nossa comissão continua surtindo efeito e provocando mudanças importantes. O Tribunal de Justiça recebeu, nesta semana, denúncia contra mais quatro médicos que foram ouvidos e investigados pela CPI. Antonio Carlos Sábio Júnior, Henrique Alves Cruz, Marcelo Leal Tafas e Alfredo Sanchis Gritsch foram denunciados por organização criminosa e estelionato, passando à condição de réus em processo criminal.
Durante o nosso trabalho, milhares de vítimas foram identificadas pela comissão. São histórias dramáticas reveladas pela CPI. Além dos médicos, participavam do esquema advogados e empresas que negociavam as próteses. Dezenas de pessoas envolvidas foram ouvidas e, a partir desse trabalho, muita coisa mudou.
Com as informações repassadas pela CPI, e divulgadas nos principais veículos de comunicação do estado e do país, essa máfia passou a ser enfrentada. As pessoas também passaram a se proteger melhor contra os golpes desses profissionais. Com a decisão do nosso Tribunal de Justiça, podemos afirmar que a CPI das Próteses e Medicamentos não terminou em pizza. Pelo contrário, trouxe grandes avanços, o que reconheço como uma vitória deste parlamento, da justiça e da sociedade gaúcha.
Missionário Volnei. deputado estadual pelo PR

Acompanhe
nossas
redes sociais