As negociações entre o governo municipal e o Centro Universitário Univates para a manutenção e coordenação dos postos de saúde estão avançadas. A intenção do Executivo é finalizar o acordo até setembro, quando encerra o atual contrato com o Instituto Continental de Saúde (Icos).
Desde 2012, quando firmou o primeiro acordo com a administração de Lajeado, mais de R$ 74 milhões já passaram pelo Icos. Na cidade, o instituto tem apenas um pequeno escritório na rua Pinheiro Machado. Já a sede fica em Cascavel (PR).
Os recursos repassados ao Icos pelos governos municipal, estadual e federal servem para custear parte da gestão de 11 programas Estratégia Saúde da Família (ESF), do Centro de Atenção Psicossocial (Caps) e do Serviço de Atendimento Especializado (SAE). A média mensal é próxima de R$ 1 milhão.
Hoje são cerca de 120 profissionais de 15 diferentes funções contratados em Lajeado. Nesse quadro, são aproximadamente 40 médicos terceirizados.
A negociação visa transferir essas responsabilidades para a Univates. O prefeito Marcelo Caumo confirma as tratativas com a Univates. “Tem avançado muito bem. Acredito que será efetivado. Nossa previsão é setembro”, reitera o gestor municipal.
Ele reforça que a terceirização de setores da saúde pública é uma das políticas de governo. Cita, ainda, não haver no Estado um modelo definido de execução para tal mecanismo. “Vamos seguir esses princípios para transferir para a Univates, com foco na saúde mas, também, e fundamentalmente, no ensino”, comenta.
Facilidade para estágios
Hoje o Centro Universitário Univates já é referência na área pedagógica da sáude. Além do curso de Medicina, a instituição tem graduação em Biomedicina, Farmácia, Fisioterapia, Nutrição, Enfermagem, Psicologia e Odontologia, além dos técnicos em Radiologia e Enfermagem.
Reitor da Univates, Ney Lazzari também confirma as tratativas com o governo municipal para assumir a gestão dos serviços públicos de saúde. Segundo ele, o grupo de trabalho que busca formalizar o convênio é formado por três integrantes do centro universitário e outros três representantes do governo.
Lazzari demonstra otimismo com a possibilidade, mas reitera não haver qualquer acerto até o momento. Segundo ele, todos os semestres são mais de 150 alunos que realizam estágios acadêmicos nos espaços públicos, com acompanhamento de professores e profissionais das respectivas áreas. “Se a Univates assumir, facilitaria isso”, resume.
