Um nova avalanche se agiganta sobre a cadeia leiteira gaúcha. A reabertura desenfreada das importações de leite, sobremaneira do Uruguai, aliada à alta carga tributária do estado, retirou competitividade do setor industrial, especialmente das cooperativas, e faz o preço pago ao produto despencar. De novo.
O drama vivido no ano passado se repete em 2017. No Vale, centenas de produtores encerram as atividades e migram para outras áreas, como frango e suíno. Para ter uma ideia, só em Colinas, segundo dados da Emater, mais de 20 produtores de leite cessaram a produção nos últimos meses. As desistências se multiplicam nos demais municípios.
O que chama atenção é a indiferença e a omissão do governo do Estado. Principal fonte de subsistência para milhares de famílias gaúchas, o leite exerce papel social relevante. Só por isso, merecia mais cuidado e zelo do governo comandado por José Ivo Sartori.
Em vez de estabelecer uma política capaz de favorecer também os pequenos produtores e incentivar a indústria local, Sartori continua apostando nas multinacionais, mediante incentivos tributários milionários.
A crise no setor foi tema de discussão na última reunião dos prefeitos, em Encantado. Ontem, grupo de discussão liderado pela presidente do Codevat, Cintia Agostini, ao lado de representantes de Sindicatos, Emater, APLs e cooperativas, endossou a necessidade de pressionar o governo estadual. Querem uma audiência com Sartori para expor o tamanho do prejuízo causado pela omissão e negligência.
Pensar o Vale
O jornal A Hora, por meio do Projeto Pensar o Vale, organiza painel sobre o tema. Representantes do governo estadual serão convocados para nos apontar uma luz. Não podemos continuar indiferentes diante do avanço de uma crise que afetará uma das principais matrizes econômicas da região. De negligente e omisso, já basta o governador Sartori.
Especial
Caderno recheado de histórias comoventes e motivadoras circula no A Hora de amanhã. A publicação é alusiva a uma das maiores e melhores cooperativas do estado. Os 70 anos da Dália Alimentos, traduzidos em um caderno especial, reforçam para quem acredita, assim como eu, na força do cooperativismo como indutor do desenvolvimento de uma região, estado ou país. Vale a pena conferir. Parabéns, família Dália!
Evolução e oportunidade
Foram muitos os aprendizados e evoluções no seminário promovido pela Dale Carnegie, em Curitiba, no fim de semana passado. O Intensive Leadership Academy 2017 (ILA) reuniu cerca de 600 executivos e líderes empresariais do Brasil, Uruguai e Paraguai a fim de, entre outras coisas, compartilhar ferramentas de gestão, liderança e performance.
Tivemos a satisfação de apresentar, ao lado do diretor de Operações, Fabrício de Almeida, o case de sucesso e de crescimento do A Hora, muito alinhado com o estilo e a filosofia de Dale Carnegie. O evento reforçou o acerto do A Hora ao fortalecer alianças estratégicas com a sociedade e estar alinhado com as causas relevantes e cruciais para o desenvolvimento regional.
Até que enfim, começou
Demorou, mas começa a sair do papel a construção de uma nova ponte sobre o Arroio Saraquá. Agora é cruzar os dedos para que não se encontre mais nenhum “sapo enterrado” por lá.