Amvat discute setor leiteiro e comércio ilegal

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Amvat discute setor leiteiro e comércio ilegal

A Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) realizou assembleia na sexta-feira. O encontro reuniu prefeitos e vices no Centro Administrativo Municipal durante a programação da Suinofest. As dificuldades enfrentadas pelo setor leiteiro foram um dos assuntos tratados. Diante…

Amvat discute setor leiteiro e comércio ilegal
Lajeado
oktober-2024

A Associação dos Municípios do Vale do Taquari (Amvat) realizou assembleia na sexta-feira. O encontro reuniu prefeitos e vices no Centro Administrativo Municipal durante a programação da Suinofest.

As dificuldades enfrentadas pelo setor leiteiro foram um dos assuntos tratados. Diante da situação, que se agrava devido à importação de leite em pó do Uruguai, a associação solicitará uma audiência com o governador José Ivo Sartori. O objetivo é reivindicar medidas para minimizar os prejuízos a toda a cadeia produtiva do RS.

O assunto foi abordado pelo secretário da Agricultura de Estrela, José Adão Braun; pela presidente do Conselho de Desenvolvimento do Vale do Taquari, Cintia Agostini, e pelo presidente da Dália Alimentos, Gilberto Piccinini. Segundo o secretário, o RS, pela proximidade com o Uruguai, tem recebido o maior impacto.

Ele apresentou dados do Instituto Gaúcho do Leite. De janeiro a dezembro de 2016, o leite em pó importado chegou a 50.153 toneladas, ou seja, 431.081.400 litros de leite fluido. Em 2017, a situação continua. De janeiro a maio, foram 14.791 toneladas de leite em pó, totalizando 130.344.200 litros de leite fluido. “Precisamos reagir contra isso. Não somos contra a importação, mas deve haver um equilíbrio”, ressaltou Braun.

Os participantes lembraram que no ano passado, em função da importação, houve uma queda no preço do leite em R$ 0,40 em apenas dois meses. Citaram o projeto de lei do crédito presumido, o qual retornou à Assembleia Legislativa, sendo necessário a cobrança junto aos deputados.

Comércio ilegal

Na assembleia, dirigida pelo presidente da Amvat e prefeito de Estrela, Rafael Mallmann, houve também a apresentação de estudo sobre as perdas que o Vale tem com o comércio ilegal. O diretor da Fecomércio, Daniel Amádio, e o vice-presidente financeiro da entidade, André Luiz Roncato, expuseram o assunto aos prefeitos.

Segundo eles, uma projeção da Fecomércio mostra que o Vale do Taquari perde mais de R$ 1,65 bilhões anuais com a pirataria, o que equivale a 19,74% do total produzido pelos municípios. A sugestão é a criação de comitês nos municípios para atuar no combate a esse tipo de comércio. Além disso, uma legislação específica nas cidades a fim de regulamentar a realização de feiras itinerantes e uma fiscalização maior.

“São grandes organizações, relacionadas com o crime organizado. Achamos que é uma simples pessoa ganhando a vida, mas muitas vezes está se engajando com o crime organizado”, advertiu Roncatto.

Foram tratados ainda assuntos como a situação do processo de concessão da BR-386, que terá mais uma reunião do grupo técnico no fim do mês, em Brasília. A indicação de prefeitos da Amvat para o Corepe – Trecho 4, bem como as novas exigências sanitárias para o funcionamento de açougues e fiambrerias foram outros temas tratados. Ainda foi abordada a possibilidade de novo enquadramento dos municípios do Vale do Taquari nos limites de financiamento do Programa Minha Casa, Minha Vida.

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