Lajeado registra 226 casos de caxumba

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Lajeado registra 226 casos de caxumba

Números contabilizados a partir do segundo semestre de 2016 preocupam a Sesa

Lajeado registra 226 casos de caxumba
Lajeado

A Secretaria de Saúde (Sesa) demonstra preocupação com um recente surto de caxumba que vem ocorrendo na cidade. Nesta semana, 14 alunos e professores do Colégio Estadual Presidente Castelo Branco foram dispensados em função da doença. Segundo a Vigilância Sanitária, as notificações reiniciaram em julho de 2016.

Desde aquele mês até o fim de maio, foram registrados 226 casos na cidade. De acordo com o secretário da Sesa, Tovar Muskopf, a caxumba não está na lista brasileira de doenças de notificação compulsória. “Mas, no RS, desde que houve o contágio dos jogadores do Grêmio (em abril de 2016) estamos notificando novamente.”

Segundo a especialista em epidemiologia e vigilâncias em saúde pública, Juliana Demarchi, que atua na Sesa de Lajeado, a elevação no número de casos no Estado já vem ocorrendo desde 2015. “Em Lajeado, o aumento foi registrado a partir do segundo semestre de 2016”, reitera.

Conforme a profissional, os números são referentes apenas aos casos registrados na rede de atenção pública de saúde. “É possível que existam outros casos que não chegaram ao nosso conhecimento, e que tenham sido tratados em consultórios particulares”, ressalta Juliana.

Ela afirma ainda que todos os serviços de saúde que fazem o diagnóstico dos casos de caxumba devem notificar a Vigilância Epidemiológica Municipal. “Isso é fundamental para o monitoramento da doença e discussão de medidas de controle.” Nos últimos dias, foram verificados diversos casos atendidos na Unidade de Pronto Atendimento (UPA).

Causas e efeitos

Os principais casos envolvem homens com idades entre 10 e 49 anos. “A maioria ou está em escolas ou trabalham em linhas de produção de grandes fábricas. Só locais de grande movimentação de pessoas.” Segundo ela, a caxumba tem um período de incubação de duas ou três semanas. E os primeiros sintomas são febre, calafrios, dores de cabeça, dor de ouvido, mal-estar e fraqueza.

“É uma doença infecciosa, causada por um vírus. Caracteriza-se por processo inflamatório das glândulas salivares, principalmente parótidas. Não existe tratamento específico. Os casos devem receber orientação médica, repouso e isolamento. A maior parte dos casos tem evolução benigna.”

Saiba mais

A caxumba é uma doença endêmica, com tendência a surtos em espaços que agrupam adolescentes e adultos jovens. Ocorre mais no inverno e início da primavera. As medidas de prevenção estão relacionadas ao modo de transmissão da doença. No caso, ocorre por via aérea, disseminação de gotículas ou por contato direto com secreções respiratórias ou saliva de pessoas infectadas.

Para evitar a doença, recomenda-se manter os ambientes ventilados, constante higienização das mãos, cobrir a boca com lenço descartável ao tossir ou espirrar, a pessoa com os sintomas da doença deve ser afastada de suas atividades e ainda recomenda-se a atualização do cartão vacinal para diminuir o número de suscetíveis e proteger futuras exposições.

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